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Taleban ateou fogo em professor e fez crianças assistirem, diz testemunha


16/12/2014

Uma fonte militar que não foi identificada disse em entrevista ao canal de TV americano NBC que um dos professores da escola atacada pelo Taleban nesta terça-feira (15) foi queimado vivo pelos militantes, que teriam forçado o estudantes a assistirem à cena.

 

"Eles atearam fogo a um professor diante dos alunos em uma sala de aula", afirmou a fonte. "Eles literalmente tocaram fogo no professor com gasolina e fizeram as crianças assistirem".

 

O ataque à escola militar em Peshawar, cuja autoria foi assumida pelo Taleban, deixou mais de 120 mortos -- a grande maioria, crianças com idades entre 10 e 18 anos.

 

Um número indeterminado de crianças e adultos ainda estão sendo mantidos reféns dentro da escola por militantes.

 

Um grupo de seis insurgentes vestidos com uniformes do Exército entrou na escola durante o fim da manhã local (por volta das 6h de Brasília). Testemunhas disseram ter ouvido explosões e tiros.

 

Os combates entre o Exército e os militantes na escola, que tem alunos com idades entre 10 e 18 anos, prosseguiam no meio da tarde.

 

O ataque foi reivindicado pelo Taleban, em represália às recentes operações do Exército paquistanês na região do Waziristão, que inclui Peshawar. Nas últimas semanas, estima-se que essas ações tenham matado centenas de militantes do Taleban.

 

A escola, a Army Public, é administrada pelas Forças Armadas e tem capacidade para 500 alunos mas, segundo relatos, o nível de segurança no local é relativamente básico: testemunhas disseram que o ataque ocorreu no auditório principal enquanto algumas turmas assistiam a uma demonstração de primeiros-socorros realizada por soldados.

 

Após chegar a Peshawar, o premiê paquistanês, Nawaz Sharif, afirmou que a luta contra o terrorismo continuará.

 

"Até que este país esteja limpo do terrorismo, essa guerra e esse esforço continuarão", afirmou. "Ataques deste tipo são esperados em meio a uma guerra, e o país não deve perder sua força."

 

Fonte: Estadão


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