09/12/2014
Ricardo Patah, presidente nacional da União Geral dos Trabalhadores (UGT), recebeu na manhã desta terça-feira, 09/12, Anne-Catherine Cudennec, representante da Fédération de La Metallurgie CFE-CGC, central sindical da França.
Um dos focos do encontro foram as negociações da última semana da COP 20, que acontece em Lima, no Peru, até 12/12 – onde representantes da UGT, junto ao Itamaraty, ONU e sociedade civil participam da pauta para a nova agenda global do Clima, que será lançada em Paris, em dezembro de 2015, com a COP 21. Patah traçou estratégias, propondo inclusive uma parceria quanto a participação da UGT na Conferência do próximo ano.
Para o presidente da UGT, a consolidação da parceria com a CFE-CGC simboliza a unidade entre as centrais, como meio de buscar soluções para um mundo com tantas crises e problemas.
Anne-Catherine Cudennec apontou um panorama do quadro sindical francês, a partir do diálogo social e como ele funciona. Segundo a secretária nacional para Europa e Internacional da CFE-CGC, o diálogo acontece entre parceiros sociais que são os sindicatos de trabalhadores, representados pelas 5 centrais sindicais (CGT,CFTC, CFE-CGC, CGT-FO, CFDT), sindicatos dos empregadores e autoridades públicas.
Enquanto a UGT tem na sua base sindicatos ligados ao setor de comércio e serviços, a CFE-CGC se notabiliza pela representação de engenheiros, gerentes, técnicos, pessoal administrativo e vendedores. Se aqui no Brasil se priorizam as questões trabalhistas, segundo Cudennec as ações do sindicalismo francês estão focadas no o progresso social, onde o sucesso da empresa está interligado, respeitando uma hierarquia.
Além de valores de humanismo, responsabilidade, ética, liberdade e profissionalismo, entrou em pauta eleições e o poder de negociação dos sindicatos dentro das empresas, num país que há carência de uma representatividade mais ampla, que seja nacional. Fragmentados por setores, a representação francesa prima pela transparência financeira, pela notoriedade da militância e reconhecimento do sindicato, para que se entre no processo de negociação, para então, ter reconhecimento governamental.
Mariana Veltri – imprensa da UGT
UGT - União Geral dos Trabalhadores