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UGT exige respeito com os trabalhadores da Construção Civil de Pernambuco


08/12/2014

A União Geral dos Trabalhadores de Pernambuco (UGT-PE) vem acompanhando de perto a dramática situação dos trabalhadores da construção civil no Estado. O fechamento dos canteiros de obras do Porto de Suape e da Refinaria Abreu e Lima, teve como consequência a demissão em massa de milhares de trabalhadores. Por isso exigimos dos governos federal e estaduais uma ação imediata para que se faça valer os direitos dos trabalhadores.

 

Caso ainda mais grave é o dos 5 mil operários da ALUSA, empresa terceirizada da Petrobrás. Todos foram demitidos sem receber seus salários nem indenizações. As condições sub-humanas em que vivem desde que foram contratados para a construção das obras, sem dinheiro para se manterem e morando em alojamentos inadequados e insalubres, só agrava a situação de abuso contra a categoria. A empresa ALUSA alega que não recebeu os repasses da Petrobrás, necessários para os pagamentos dos salários e das indenizações trabalhistas.

 

Isso faz com que Pernambuco atravesse uma das maiores crises de sua história no setor da construção civil. A demissão de milhares de trabalhadores que atuavam nas obras do Porto de Suape e da Refinaria Abreu e Lima, foi o estopim dessa crise é uma prova da falta de planejamento quando da elaboração de obras de grande porte no Estado, patrocinadas pelo Governo Federal.

 

Para tanto sugerimos algumas medidas, visando proteger os trabalhadores e garantir seus direitos:

1- Cadastrar todos os trabalhadores demitidos das obras do Porto de Suape e da Refinaria Abreu e Lima, dando a eles prioridades nos postos de trabalho nas obras da transposição do São Francisco, do pólo industrial de Goiana, de Vitória de Santo Antão e na construção da Fábrica da Fiat, também em Goiana;

2- Ampliar, em mais duas parcelas, a titulo de emergência, o pagamento do seguro desemprego;

3- Promover curso de qualificação profissional, visando, principalmente, atender as demandas da Refinaria de Abreu e Lima, Porto de Suape e do Estaleiro;

4- Priorizar a liberação do FGTS e de todos e conceder o pagamento de auxilio transporte para que os trabalhadores oriundos de outros Estados, voltem as suas casas;

5- Formar uma comissão com representantes dos Trabalhadores, do Ministério Público e do Trabalho para cobrar da ALUSA o pagamento imediato dos salário e verbas indenizatórias devida aos 5 mil trabalhadores, além de acionar a Petrobras como empregador solidário.

 

Gustavo Walfrido

Presidente da Estadual UGT-PE


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