04/12/2014
Sete das nove empresas investigadas na Lava Jato repassaram ao menos R$ 38,9 milhões às campanhas de 19 governadores eleitos e reeleitos.
Tais doações, no caso das campanhas dos governadores eleitos Rui Costa (PT-BA) e Renan Filho (PMDB-AL), constituem quase 30% do total obtido pelos candidatos.
As doações foram feitas pelas UTC, Odebrecht, Queiroz Galvão, Engevix, OAS, Galvão Engenharia e Camargo Corrêa, com suas subsidiárias.
Essas mesmas empreiteiras doaram R$ 72,5 milhões para as campanhas presidenciais de Dilma Rousseff (PT) e Aécio Neves (PSDB). Somadas essas doações, a cifra atinge R$ 111,4 milhões.
Rui Costa (PT) foi o campeão em recebimento das empreiteiras investigadas: R$ 9,4 milhões (29,2% da sua receita total). Depois dele aparece o governador reeleito de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), com R$ 6,99 milhões (17% da receita total).
O governador eleito de Alagoas, que é filho do senador Renan Calheiros, ficou com R$ 4,9 milhões (29,2%). As doações tiveram peso importante nas campanhas de Paulo Câmara (PSB-PE) --representaram 20,5% do total--, Paulo Hartung (PMDB-ES) e Flávio Dino (PC do B-MA) --17% da receita de cada um.
A OAS doou para 13 governadores eleitos (R$ 16,6 milhões). A Odebrecht fez repasses para nove (R$ 5,5 milhões); Queiroz Galvão doou para sete (R$ 8,99 milhões), e UTC, para quatro (R$ 7 milhões). Engevix (R$ 88 mil), Galvão (R$ 200 mil) e Camargo Corrêa (R$ 457 mil) doaram para um eleito cada uma.
Os R$ 38,9 milhões são os valores que aparecem nas prestações de contas dos eleitos. O total pode ser maior, pois há repasses feitos pelos comitês das siglas que não indicam os doadores originais.
Fonte: Folha de S.Paulo
UGT - União Geral dos Trabalhadores