01/12/2014
Na manhã desta segunda-feira, 01/12, a União Geral dos Trabalhadores (UGT) recebeu em sua sede, na capital paulista, representantes do governo federal, Programa das Nações Unidas (PNUD), Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA), coordenadoria do Movimento Nacional pela Cidadania e Solidariedade e núcleos dos ODM do estado e municípios paulistas, para lançamento do 5º Relatório Nacional de Acompanhamento dos ODM, no Estado de São Paulo.
A UGT tem se destacado no apoio das causas dos Objetivos do Desenvolvimento do Milênio (ODM), programa do PNUD, da ONU, que desde 2000 estabeleceu as oito metas do milênio para acabar com a fome e a miséria. Prazo este que termina em 2015 e, através da adesão da UGT, que mobilizou a sociedade civil sobre a importância da participação para a melhoria e conquistas das políticas públicas, muito se alcançou no Brasil. Ainda há muito a ser feito, mas a conscientização de cada um é que colaborou para novos rumos no crescimento.
Ricardo Patah, presidente nacional da UGT, comemora o debate em torno do relatório sobre o País. “A UGT, junto com as atividades sindicais, tem despertado a sociedade civil em buscar alternativas de recuperação para o quadro de desigualdade e exclusão social. Os ODM nada mais são do que os objetivos que os movimentos sociais e sindicais têm discutido e lutado para que se acabe com os índices de vulnerabilidade, trabalhando junto à população local, fazendo dela atuante e protagonista de soluções que os ODM ainda têm dificuldade de atingir”, enfatiza.
Para Patah, a responsabilidade é de cada instituição, elaborando e sendo colaborativa, buscando soluções para uma distribuição de riqueza mais justa. “Quero saudar a todos que abraçam e tenham o coração e mente voltado para uma melhora da inclusão social, assim como o companheiro Tadeu (Amaral) e seu Francisco (Ferreira de Sousa), com foco para os movimentos sociais, através da Secretaria de Assuntos Comunitários e Sociais da UGT, voltados para essa finalidade”, reforça.
A coordenadoria do núcleo estadual de SP, Nós Podemos SP, destacou a presença dos novos núcleos que se formaram com os municípios do estado, como Nós Podemos SP Capital, Cotia, Barueri, Guarulhos e Sorocaba. Lembrando que com a mobilização, o engajamento e o trabalho de cada um, foi possível alcançar e desenvolver as demandas para uma sociedade mais unida e mais justa. Sucesso este que tornou possível a coordenadoria dos ODM estadual de SP preparar o Prêmio ODM SP, a ser realizado em dezembro de 2015, época de encerramento do programa, quando se dará o início dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS).
Governo federal, estadual e municipal aderiram para fazer avançar as metas, por meio de políticas públicas. O governador de SP, Geraldo Alckmin, foi representado pela assessora internacional do governo, Fernanda Cassiano, que destacou o trabalho interno que tem sido feito dentro do governo para acompanhar o que o Brasil e o estado de SP, especificamente, têm feito para a discussão dos ODM rumo aos ODS.
Terciane Alves, integrante da Coordenadoria da Política da Primeira Infância da Prefeitura da capital (através do programa São Paulo Carinhosa), representou o prefeito Fernando Haddad e a primeira-dama, Ana Estela Haddad, no projeto. “Essa agenda dos ODM é uma agenda para corajosos, que têm coragem de construir com a população os novos objetivos. Na prefeitura foi criado um núcleo interno para entender como os ODM nos desafiavam. E entre as metas do programa São Paulo Carinhosa, a criança está contemplada, o que contribui para o objetivo dos ODM contra a mortalidade materna e políticas voltadas para acolher as crianças”, informa.
Wagner Caetano de Oliveira, Secretário Nacional de Relações Político-Sociais da Secretaria-Geral da Presidência da República, registrou a parceria da UGT nesse processo, desde a sua criação.
“A UGT, ao longo desses anos, tem sido responsável pelas políticas públicas implantadas pelo governo federal - porque elas têm sido aplicadas graças à participação do movimento sindical e participação social - e a UGT não faltou em nenhuma delas ao longo de sua história. O engajamento dessa batalha de se alcançar as metas, que vem desde 2000 - em especial em 2003, quando foi destacada a participação efetiva da sociedade brasileira”, enalteceu Wagner Caetano, agradecendo os movimentos sindicais, sociais e governos estaduais e municipais, por tornarem possível a prestação de contas para a sociedade, através do relatório dos ODM.
Desafio abraçado pelo governo brasileiro, que tem trabalhado em coletivo com a sociedade, pelo equilíbrio da sociedade, em momento que o País era cenário de indicadores econômicos terríveis. Muitas metas foram alcançadas, mas ainda muito debate será preciso, para que o governo possa, de fato, construir novas alternativas.
Entre uma etapa e outra, o próximo desafio é erradicar a extrema pobreza. De acordo com o relatório apontado pelo IPEA, abrangendo Brasil, Sudeste e Estado de SP, a meta 1 foi uma das mais ambiciosas, que trata da erradicação da fome e miséria. “Embora seja inaceitável que tenhamos gente vivendo na extrema pobreza no Brasil, em 1990, a pobreza do País atingia 25% da população. Em 2012, conseguimos uma redução superior a ¼: 3,5%”, relata Sergei Soares, presidente do IPEA. E SP, entre poucos estados, têm cumprido essa meta.
Alcance esse devido às políticas para o crescimento e redução da desigualdade. Movimentação do mercado de trabalho, com taxa de formalização do emprego, aquecimento da economia e a geração de emprego, têm contribuído para a redução da pobreza extrema.
Entre os objetivos, educação, taxa de alfabetização, mortalidade materna, sistema e creches e saúde, são setores que têm ganhado atenção especial e contribuído para o alcance das metas. Muito ainda precisa ser feito, como a cooperação internacional nas questões do meio ambiente. Para mais informações, no site do IPEA www.ipea.gov.br, o cidadão pode acompanhar os 8 objetivos e o cumprimento das metas. Assim como através do portal dos ODM: www.portalodm.com.br ou pelo núcleo ODM SP www.odmsp.org.
Mariana Veltri – imprensa UGT / Fotos: FH Mendes
UGT - União Geral dos Trabalhadores