28/11/2014
Uma vacina experimental contra o vírus ebola produziu, sem efeitos colaterais graves, uma resposta imune nos 20 voluntários saudáveis que participaram da fase inicial de um estudo clínico.
O resultado foi publicado no periódico "New England Journal of Medicine".
O estudo, que começou em setembro e vai acompanhar os voluntários durante 48 semanas, pretende avaliar a segurança da vacina. Mas a resposta imune aponta que a vacina também poderá ter uma boa eficácia.
A vacina intramuscular foi desenvolvida pelo Instituto Nacional de Alergia e Doenças Infecciosas dos EUA e pela Okairos, uma empresa de biotecnologia adquirida pelo laboratório GlaxoSmithKline.
A primeira fase de estudo estava prevista inicialmente para 2015, mas, por causa do surto da epidemia na África, esse processo foi acelerado em parceria com a FDA (agência que regulamenta medicamentos nos Estados Unidos).
A vacina contém material genético de duas cepas do ebola ""Zaire, responsável pelo atual surto na África Ocidental, e Sudão"", mas não pode causar a doença.
Os voluntários que participaram do estudo tinham entre 18 e 50 anos e foram recrutados em Washington (EUA). Metade deles recebeu uma dose mais baixa e metade, uma dose maior. Todos os 20 desenvolveram anticorpos antiebola em quatro semanas, sendo que aqueles que tomaram uma dose maior produziram mais anticorpos.
Daniel Bausch, da Universidade de Tulane, considerou os resultados promissores, mas advertiu que há mais desafios pela frente antes que a segurança e eficácia da imunização sejam estabelecidas.
Ainda não é possível estimar quando a vacina poderá estar disponível no mercado.
Outra duas vacinas contra o ebola também passam por testes de segurança.
Fonte: Folha de S.Paulo
UGT - União Geral dos Trabalhadores