28/11/2014
A economia brasileira, medida pelo PIB (Produto Interno Bruto) cresceu 0,1% no terceiro trimestre e registrou R$ 1,3 trilhão. Os dados foram divulgados nesta sexta-feira (28) pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).
Em relação ao mesmo período do ano passado, houve redução de 0,2%. No resultado acumulado do ano até o mês de setembro, o PIB aumentou 0,2% em relação a igual período de 2013.
No segundo trimestre, a economia encolheu 0,6%, e o país entrou em recessão técnica porque houve dois trimestres seguidos de queda (no primeiro trimestre, o recuo havia sido de 0,2%).
Com dois trimestres seguidos de resultado negativo, considera-se tecnicamente que o país está em recessão. Isso não acontecia desde a crise financeira global de 2008 e 2009.
O resultado positivo no terceiro trimestre tecnicamente tira o país da recessão.
Previsões para o PIB têm sido cortadas
Em outubro, o FMI (Fundo Monetário Internacional) revisou para baixo, pela sexta vez seguida, a previsão de crescimento do Brasil neste ano. A previsão caiu de 1,3% para apenas 0,3%.
O Fundo também reduziu suas projeções para 2015: espera 1,4%, em vez dos dos 2% anteriormente estimados.
O atual ministro da Fazenda, Guido Mantega, reclamou da previsão do FMI e disse que é "um pouco pessimista". "Estamos observando uma recuperação moderada da economia brasileira. Tudo indica que o terceiro trimestre terá um bom crescimento", afirmou o ministro em outubro.
Mantega, criticado pelo mercado por errar muitas previsões, está de saída do governo. Seu substituto, Joaquim Levy, foi anunciado nessa quinta-feira (27) pelo governo.
O Ministério da Fazenda diz que o Brasil deverá crescer 0,5% neste ano.
Analistas consultados no último relatório Focus, do BC, divulgado na segunda-feira (17), apostam em crescimento de 0,21% em 2014 e de 0,8% em 2015.
O Banco Central reduziu sua previsão para o crescimento do PIB neste ano de 1,6% para 0,7%, segundo dados do relatório de inflação do terceiro trimestre.
Dado do BC apontou alta de 0,6%
A estimativa do Banco Central, mostrada por meio do Índice de Atividade Econômica (IBC-Br), era de alta de 0,6% no terceiro trimestre, na comparação com o segundo.
O índice é elaborado mensalmente pelo BC e é considerado pelo mercado uma prévia do PIB, embora o Banco Central oficialmente não reconheça que seja uma previsão do PIB.
Mesmo assim, o indicador do BC é visto pelo mercado como uma antecipação do resultado do PIB, e serve de base para investidores e empresas adotarem medidas de curto prazo. Porém, não necessariamente reflete o resultado anual do PIB e, em algumas vezes, distancia-se bastante.
Em entrevista, um diretor do BC justificou a diferença, dizendo que o IBC-Br não tem a pretensão de medir o PIB, apesar de o mercado o usar como um balizamento.
Fonte: Uol
UGT - União Geral dos Trabalhadores