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O dilema da juventude e das mulheres pela conquista de seguridade social


19/11/2014

A UGT - União Geral dos Trabalhadores, tem em sua origem a vocação nata para defender a classe trabalhadora através de um movimento sindical amplo e de apoio a cidadania.

 

Assim se faz presente nas grandes lutas pela universalização de direitos e de garantias sociais para os que vivem de salário. A central acredita que o trabalho tem o papel de civilizador e construtor de consciência social. Assim, luta pela humanização das relações do trabalho com valorização de salário e benefícios.

 

De fato a globalização da economia fortalece o capital e, por consequência, maximiza os problemas que afligem a classe trabalhadora. Diante dessa realidade, é necessário também globalizar a organização sindical, abrindo as fronteiras para as bandeiras de luta pela dignidade no trabalho e pelo fortalecimento social das camadas mais vulneráveis ao sofrimento no trabalho, em especial as mulheres e a juventude.

 

Participação da UGT- Políticas de proteção social para as mulheres trabalhadoras

A UGT esteve presente, conforme a convocação da CSA (Confederação Sindical das Américas), no seminário “Seguridade Social de Gênero no Trabalho”, que aconteceu entre os dias 12 e 14 de Novembro, na Guatemala.

 

Nossa central acredita na necessidade de lutar pela implementação de mais políticas públicas no Brasil e em toda América Latina, em defesa de bem-estar e seguridade social para a camada de trabalhadores e trabalhadoras fragilizados pela discriminação e desconstrução de sua identidade social.

 

A luta pelo direito de ingresso e permanência das mulheres no trabalho passa pelo reconhecimento das especificidades das trabalhadoras, responsáveis pela prole e bem-estar da família. Afinal, elas sofrem com a insuficiência e em alguns casos inexistência de políticas de proteção social.

 

Essas mulheres vivem o dilema das contradições sociais geradas pela modernidade tecnológica desacompanhada da modernização das relações socioeconômicas entre mulheres e homens nos espaços sociais.

 

A super exploração do trabalho feminino gerado por essa situação obriga as trabalhadoras a duplas jornadas de trabalho. Com isso, mutila a capacidade laborativa e afasta da profissão precocemente essas trabalhadoras. De maneira invisível e sutil, o direito da mulher a cidadania é comprometido, e penalizando simplesmente por ser mulher.

 Com advento das mudanças tecnológicas na produção iniciada no século XX, ganha impulso o surgimento de novas categorias de trabalho e profissões. A rapidez desenvolvida para transportar mercadorias e informações fomenta novos negócios, nos quais a presença das mulheres é significativa.

 

Juventude também requer proteção social

A juventude se depara com o paradigma imposto a boa parte desse grupo de trabalhadores e trabalhadoras que realizam o mesmo trabalho realizado por outros grupos sem receber as mesmas remuneração e garantias sociais.  Sua participação no mercado de trabalho sofre todo tipo de violação, uma verdadeira revisão na legislação que amputa direito já conquistado e reduz salários.

 

O setor de prestação de serviços latino-americano hoje conta com a concentração de cerca de 70% de mulheres e jovens nos postos de trabalho. Assim, a juventude e mulheres são parte considerável da população vulnerável sujeita a opressão nas relações de trabalho.

 

 

 


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