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Para cortar custos, novo presidente da Oi demite 150 executivos


12/11/2014

Enquanto os principais acionistas da Oi têm se movimentado para incluir a companhia no processo de consolidação do setor, mudanças também têm ocorrido dentro da tele desde a chegada de Bayard Gontijo à presidência, no início de outubro. Na última segunda-feira, um comunicado interno trouxe a notícia da demissão de 150 executivos, entre diretores, gerentes e consultores. Agora, restam cerca de mil executivos na companhia.

 

O informe, enviado aos funcionários no fim do expediente, dizia que a companhia teria uma nova configuração da equipe executiva em função da mudança na estrutura organizacional, com "aproveitamento de sinergias, simplificação da governança e ênfase nos processos de gestão".

 

O objetivo de Gontijo, de 43 anos, é garantir agilidade nos processos de decisão e, assim, deixar a companhia mais competitiva para enfrentar o cenário de forte competição do setor. Um fator que pesa negativamente para a Oi em relação às concorrentes é o seu elevado endividamento, de R$ 46 bilhões.

 

Gontijo está há 11 anos na companhia. Com histórico na área financeira, iniciou sua carreira na empresa como gerente de tesouraria. Desde junho de 2013 é diretor financeiro, cargo que agora acumula com a presidência interina.

 

Ele criou um grupo que se reúne semanalmente, chamado de comitê de gestão. O objetivo é discutir o negócio da companhia e acompanhar os indicadores de desempenho. Haverá reuniões mensais com resultados. Os cerca de 18 mil funcionários da empresa também passaram a ter metas individuais, em todos os níveis hierárquicos.

 

Nova fase. O movimento é, na verdade, uma segunda fase dentro das recentes mudanças na companhia. Dias após assumir, em 15 de outubro, o executivo havia divulgado outro comunicado, em que informava a reorganização da estrutura.

 

O resultado foi uma redução do número de diretorias da empresa, que caíram de 16 para 13. A operadora Portugal Telecom, sob o guarda-chuva da Oi desde maio, também teve mudanças. As diretorias da tele portuguesa foram reduzidas de 12 para 10.

 

No caso da empresa brasileira, seis diretorias foram transformadas em três. A corporativa (grande clientes e governo) e a empresarial (pequenas e médias empresas) foram integradas e renomeadas de B2B (business-to-business). Já as chamadas segmentos de varejo (desenvolvimento de produtos) e vendas varejo viraram simplesmente varejo. Por fim, as diretorias de operações centralizadas (gerenciamento de rede) e operações de campo se tornaram a diretoria de operações.

 

Fonte: Estadão

 


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