11/11/2014
Com proximidade do fim de ano, o comércio varejista e segmentos da indústria se preparam para o típico aumento de gastos dos consumidores na época das festas natalinas. Para quem está a procura de uma vaga ou quer aproveitar o fim do ano para uma renda extra está aberta a temporada para a busca de um emprego temporário. Neste ano, estima-se que serão abertas entre 163 mil e 209 mil vagas temporárias, bastante procuradas por jovens em busca do primeiro emprego.
Levantamentos feitos por entidades do comércio mostram que mais da metade dos lojistas (53%) já contratou ou pretende contratar profissionais provisórios nestes últimos dias do ano, para reforçar o quadro de funcionários. Os levantamentos mostram que os empresários estão cautelosos: 28% ainda esperam um sinal positivo do mercado para contratar.
O setor de comércio, representado sobretudo pelas lojas de rua, shoppings e supermercados, responde por 70% das contratações temporárias. Há vagas, principalmente, para as funções de atendimento, crediário, embalador, estoquista, etiquetador, fiscais de caixa e de loja, promotor de vendas, repositor e vendedor. A remuneração média é de R$ 1.024,00, sem contar comissões sobre vendas. É desejável ter o ensino médio completo.
A indústria é responsável pelos outros 30% das contratações. As principais empregadoras são dos setores de bens de consumo, como alimentos, bebidas, brinquedos, eletrônicos, vestuário e papel. As vagas mais comuns são: assistente administrativo e financeiro, auxiliar de produção e de serviços gerais, estoquista, motorista, operador de máquinas e técnico em manutenção industrial. Em geral, as empresas exigem 2º grau completo, e cursos de qualificação técnica ou para funções específicas são considerados diferenciais. O salário médio é de R$ 1.298,00.
As características pessoais e habilidades profissionais desejáveis variam de acordo com função desempenhada. Dinamismo, comprometimento, saber trabalhar em grupo e ser comunicativo estão entre as características mais buscadas por comerciantes e prestadores de serviço, de acordo com a pesquisa do SPC Brasil.
"No comércio, a qualidade do atendimento é muitas vezes mais determinante que o preço, por isso se exige que o atendente seja atencioso e que conheça bem as características do produto", afirma a assessora econômica da Fecomércio, Fernanda Della Rosa. O economista-chefe da Associação Comercial de São Paulo, Marcel Solimeo,destaca que, no caso da indústria, muitas vezes é necessário ter mais escolaridade e pelo menos conhecimento básico de informática.
Após o término do contrato dos temporários, não é raro alguns serem efetivados. Para Fernanda, o contratado que queira permanecer na empresa ao longo do próximo ano precisa se empenhar em conhecer não apenas o produto, mas a imagem que o estabelecimento quer passar. "É uma grande oportunidade porque o temporário pode demonstrar mais motivação do que os profissionais que já estavam na empresa", comenta.
Fonte: Estadão
UGT - União Geral dos Trabalhadores