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Durante a Plenária Nacional dos Dirigentes Sindicais Comerciários da União Geral dos Trabalhadores (UGT), que aconteceu nos dias 30 e 31 em Belo Horizonte, Minas Gerais, o mais novo sindicato de comerciários filiado à central foi apresentado aos participantes do encontro que contou com lideranças de 19 estados da federação que representaram 300 entidades sindicais do setor comerciário.

O Sindicato dos Empregados no Comércio de Aracati, Ceará, foi fundado em 18 de maio deste ano e já nasceu atuante na luta em defesa dos trabalhadores e trabalhadoras da região. “É o nosso mais novo sindicato e que já se mostra aguerrido e comprometido com as causas da nossa categoria comerciária”, diz Ricardo Patah, presidente nacional da UGT.

Nathalie Aguiar, secretária Geral do Sindicato representou o presidente Francisco Flávio Maia da Silva e ressaltou que a região sofre com diversos problemas que afligem a categoria em todo o Brasil. As reivindicações dos trabalhadores de Aracati vão desde os abusos em relação a jornada de trabalho, funcionamento dos comércios nos finais de semana e feriados, alto índice de assédios moral e sexual, além práticas antissindicais. “De início o surgimento do Sindicato já era um sonho dos comerciários de Aracati, porque de certa forma, a região era tratada como uma lenda urbana, onde se praticava um trabalho quase que escravo. Os comerciários não eram vistos e nem tinham a quem recorrer em busca de seus direitos”, explica a sindicalista.

A dirigente ressaltou que no local há relatos de trabalhadores e trabalhadoras que estão com férias vencidas, além de ser um município em que a prática de não se pagar salários está enraizado. “Lá só existe salário mínimo, mas normalmente os comércios não pagam nem isso. É comum que os comerciários só recebam pelo que vendem, ou seja, não têm salário fixo, só ganham comissão”, relata Nathalie.

Patah lembrou que muitos são os desafios que os trabalhadores de Aracati terão de enfrentar, mesmo porque os problemas que estão presentes na região são os mesmos encontrados em diversas outras partes do País. “Somente num encontro nacional como esse, podemos ver como a luta pela ampliação dos direitos da classe trabalhadora comerciária é igual em qualquer parte do Brasil, por isso é tão importante a união de todas as entidades sindicais para vencer essas esses obstáculos.”

Por Fábio Ramalho – imprensa UGT