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Em Zurique UGT debate o futuro da Copa do Mundo e a vida dos trabalhadores com a FIFA


23/10/2014

A União Geral dos Trabalhadores (UGT), representada pelo Presidente da UGT/RJ e Presidente do Sindicato dos Trabalhadores na Indústria da Construção Pesada Intermunicipal do Rio de Janeiro – SITRAICP/RJ, Nilson Duarte Costa, e pelo Coordenador do Projeto Multiplicando o Trabalho Decente – Vida Decente, Gustavo F. C. Garcia, se reuniu com os Diretores de Comunicação e Responsabilidade Socio Corporativa da FIFA na tarde do dia 22, em Zurique, Suíça.

 

Na pauta estavam a Copa do Mundo realizada no Brasil em junho/julho deste ano e o futuro do evento e dos trabalhadores envolvidos com a Copa. Junto com a UGT estiveram a Solidar Swizterland, a Südwind Áustria e a DKA Áustria, organizações da sociedade civil da Europa que vem trabalhando com a UGT para promover, através da solidariedade internacional, o Trabalho Decente no Brasil e no mundo. O encontro é parte da Iniciativa “Nosso Jogo”, promovida por diversas organizações europeias e apoiada pela UGT desde 2013.

 

“Nossa impressão é a de que a FIFA, apesar de não ter interesse em de fato resolver os problemas a ela atribuídos, quer estreitar relações com diferentes grupos de interesse, como os representantes sindicais e da sociedade civil organizada. Mas o espírito do debate por parte da FIFA foi o tempo todo o de se eximir de responsabilidades”, avalia Nilson Duarte Costa. Nilson propôs que a FIFA dê mais transparência aos contratos por ela firmados com os países que recebem a copa, e que inclua nestes contratos uma cláusula de respeito ao Trabalho Decente e às Normas Internacionais do Trabalho. As organizações sociais presentes exigiram a existência de uma cláusula de respeito aos direitos humanos e à sustentabilidade. A resposta da FIFA foi de que não pode interferir em assuntos internos dos países, ao que o Coordenador do Projeto de Trabalho Decente da UGT, Gustavo Garcia, respondeu: “É uma questão simples. A FIFA, como dona do evento, deve adotar uma política de responsabilidade social séria e não levar a Copa a países que não respeitem estas questões. Eximir-se desta responsabilidade é assumir para si e para seu evento todo tipo de atrocidade cometida em nome do futebol”.

 

“Nossa proposta é criar um canal de comunicação aberto com a FIFA e dar a ela a chance para mudar a fama de predadora que tem para ser parceira do desenvolvimento através do trabalho e do respeito aos direitos humanos”, concluem os representantes da UGT.

 

Gustavo Garcia, de Zurique, Suíça

 


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