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Após nove rodadas de negociações entre banqueiros e bancários, a partir dessa terça-feira, (7/10), os trabalhadores nas instituições financeiras voltam ao trabalho. No Paraná permanecem em greve bancários do Banco do Brasil de Curitiba e Região Metropolitana. A greve dos bancários, iniciada na terça-feira (30/9) parou os bancos em todo país. Com a negociação, os trabalhadores aceitam a proposta patronal de aumento de 8,5% (2,02% acima da inflação).

O presidente da FEEB-PR, Federação dos Bancários do Paraná (filiada à UGT) e vice-presidente da UGT-PARANÁ, Gladir Basso, ao fazer uma avaliação das negociações desse ano, considerou que grande parte das exigências da categoria foi conquistada. “Evidente que os bancários queriam um reajuste salarial maior, e benefícios sociais mais compensadores. Mas o que conseguimos nesse período de negociação foi um bom indicativo de nossa força de mobilização. Tivemos o comprometimento, por parte dos banqueiros, do fim do assédio moral e das metas abusivas. Lembramos que mais de 18 mil trabalhadores bancários são afastados anualmente do trabalho devido a doenças ocupacionais, decorrentes do assédio e das metas inatingíveis”, destacou Gladir Basso. O presidente da FEEB-PR espera que os patrões cumpram o acordado, pois “ no Paraná, os sindicatos e a federação estão vigilantes no cumprimento das cláusulas assinadas”.

Os bancários do Banco do Brasil de Curitiba e Região Metropolitana continuam em greve. Além de rediscutir a proposta de reajuste salarial os trabalhadores querem a contração de mais funcionários e que o banco melhore a proposta sobre o plano de carreira. O Banco havia proposto aumento salarial de de 8,5%, reajuste de 9% nos pisos, a contratação de 2 mil funcionários até dezembro de 2015 e o pagamento de 100% das horas extras em todas as agências.

O presidente da FEEB-PR, Gladir Basso, lembrou que o comando nacional da greve dos bancários representa 134 sindicatos de bancários de todo Brasil. No Paraná, além de Curitiba, trabalhadores de 14 cidades realizaram assembleias e deliberaram pela greve: Paranaguá, Cianorte, Cascavel, Foz do Iguaçu, Goioerê, Umuarama, Apucarana, Campo Mourão, Maringá , Londrina, Telêmaco Borba, Paranavaí, Cornélio Procópio e Arapoti. Com a greve desse ano os bancários alcançaram um reajuste quantitativo maior do que no ano passado. Em 2013, após 23 dias parados, o acordo ficou em na ordem de 8% na correção dos salários, sendo apenas 1,82% de ganho real.