02/10/2014
Trabalhadores e Trabalhadoras,
Usuários e usuárias dos sistemas de telecomunicações,
O Brasil vive um momento único na história, com melhoria em geral na qualidade de vida e no acesso a serviços, antes não imaginado, como por exemplo, a quantidade de acessos à internet móvel e amplo acesso à tecnologia da informação.
Muitas categorias que têm data-base no segundo semestre, organizam suas campanhas, realizam assembleias, mobilizações e ameaçam com greves para obter aumentos reais de salários, como aconteceu no primeiro semestre deste ano.
Os trabalhadores em telecomunicações, comprometidos com a qualidade dos serviços oferecidos e tecnicamente responsáveis pela operação de todos esses avanços na vida de milhões e milhões de pessoas, sofrem com más condições de trabalho, falta de investimentos das empresas operadoras e denunciam em público a realidade que vivem:
a) As operadoras têm conseguido lucros exorbitantes, cobram de cada um de nós os preços mais altos do mundo e entregam serviços que poderiam ser muito melhores;
b) As empresas de telecomunicação em geral enviam bilhões de dólares às suas matrizes no exterior, pagam altos dividendos aos acionistas enquanto submetem os trabalhadores a condições indignas de remuneração;
c) Essas mesmas empresas aumentam abusivamente seu faturamento graças a uma terceirização sem regras que é responsável pela redução constante da massa salarial;
d) Usam e abusam da rotatividade no emprego como forma provada de reduzir salários, uma vez que os que são contratados entram ganhando em média 12% menos que os que saíram, numa dança das cadeiras do empobrecimento de quem trabalha;
e) Nos serviços terceirizados dos chamados call centers a brutal exploração dos jovens causa problemas de ansiedade, depressão e pânico numa parte da nossa população que antes não sabia o que era isso; empregam milhares de pessoas em todo país, pagando mal, sonegando direitos, descumprindo as leis de proteção à saúde no trabalho;
BASTA!
Aproximamo-nos mais uma vez das negociações coletivas de trabalho para mais de 250 mil trabalhadores do setor, só no estado de São Paulo, que ajudam a vida de todos a ter mais comodidade e facilidade, como o direito à comunicação e expressão.
ALERTA!
Alertamos a todos e a todas, trabalhadores e usuários, que este ano não aceitaremos mais as migalhas quase sem aumento real, não aceitaremos mais as manobras das empresas de jogarem ora com um sindicato, ora com outro, para pagar menos a quem produz.
Convocamos todos os trabalhadores e usuários em São Paulo para um Movimento Firme em defesa da qualidade dos serviços de telecomunicações e da dignidade dos trabalhadores.
NÃO ESTÁ DESCARTADO UM DIA DE APAGÃO NAS TELECOMUNICAÇÕES!
Essa será a resposta firme do SINTETEL-SP (Sindicato dos Trabalhadores em Telecomunicações no Estado de São Paulo), da FENATTEL (Federação Nacional dos Trabalhadores em Telecomunicações) e demais sindicatos comprometidos com essas bandeiras e esses direitos diante da intransigência e pouco caso das empresas.
ESSA LUTA TAMBÉM É SUA! PEDIMOS SEU APOIO, SUA PARTICIPAÇÃO E SOLIDARIEDADE porque lutamos pelo seu direito a um serviço de qualidade a um preço justo e por isso apoiamos a luta pela Banda Larga para todos!
Almir Munhoz
Presidente do SINTETEL-SP
UGT - União Geral dos Trabalhadores