22/09/2014
A UGT-ES, representada pela Secnegro, na pessoa de seu secretário Marcão e por membros de comunidades tradicionais filiadas à UGT-ES, nas pessoas da Sra. Valéria de Lissa e do Ogan Hector, participou na tarde deste ultimo sábado (20), no Museu do Negro na cidade de Vitória, de uma reunião, a convite da APN (Agentes da Pastoral do Negro no Brasil) para tratar de sobre as conjunturas políticas federal e estadual relacionadas à educação e outras políticas afirmativas. E ainda, sobre a Conferência Mundial que referendará o Povo Negro e que acontecerá em Madri, na Espanha. Companheiros negros de outros Estados, várias instituições locais e representantes de movimento negro de partidos capixabas também participaram da reunião, que foi aberta pela companheira Márcia representante estadual das APNs, que em seguida passou para o companheiro Nuno Coordenador Nacional das APNs, que coordenou a reunião.
O objetivo fundamental está relacionado à resolução A / 68 / L34 da Assembléia Geral das Nações Unidas, que nela declara a Década Internacional dos Afrodescendentes que começa em janeiro de 2014 a dezembro de 2024 com lema: “Descendente Africano: reconhecimento, justiça e desenvolvimento", que alinha com o do AFROMADRID, "VALORES, DESENVOLVIMENTO DA EDUCAÇÃO, DA JUSTIÇA E RECONHECIMENTO DE DESCIDA AFRICANO E DA DIÁSPORA AFRICANA."
A subsecretaria de Movimentos Sociais do Espírito Santo, Eleonor Araújo, esclareceu de modo simples e objetivo a situação dos Programas e Projetos a nível de Estado e do poder público federal. Destacando lamentável número de jovens negros e mulheres negras capixabas assassinadas, um recorte necessário de discussão dentro dos altos índices de violência.
Dado a fala a plenária, podemos ouvir diversas situações de preconceito e intolerância religiosa. A Senhora Valeria de Lissa, Iyálorixá residente em Vila Velha, e sua casa religiosa também no mesmo município, filada à UGT-ES, colocou a situação em convive. “Eu não posso realizar meus rituais sagrados nem às 10:00 horas da manhã, que mandam a policia e o disque silencio para nossas atividades” disse ela.
Sabemos que é quase impossível conseguir mudanças no âmbito político, mas devemos aproveitar esse decênio proclamado pela ONU para nos afrodescendentes, ir a campo para fazer valer nossos direitos e a efetivação das Leis; Exigir do poder público ações diretas e concretas para nosso povo.
Mas precisamos fazer nossa parte: mobilizar, atuar nos poderes quando imponderado, reagir com rigor da Lei e com respeito ao diferente, e conhecer às Leis, seus direitos para reagir com coerência e respaldo contra todo tipo de brutalidade, intolerância, dos racismos velado e institucional.
Pare e pense: A GRANDE ARMA DAQUELES QUE DISCRIMINAM É A DESUNIÃO E A IGNORÂNCIA DOS NOSSOS DIREITOS. BASTA! VAMOS CONHECER, AFINAL, CONHECER É PODER! “Venha meu povo negro somar, matriz africana, venha para somar e multiplicar com um combate franco com sabedoria, para não darmos à afirmação da tática dos escravagistas que era a de DIVIDIR PARA CONQUISTAR”, conclui Marcão da Secnegros/UGT/ES.
Fonte: UGT-ES
UGT - União Geral dos Trabalhadores