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Setor da construção civil prevê demissões


22/09/2014

A indústria da construção civil voltará a reduzir o número de vagas até o fim do ano -assim como ocorreu no último trimestre de 2013 e em março e junho de 2014-, segundo José Romeu Ferraz Neto, presidente do SindusCon-SP (sindicato do setor do Estado).

 

"É esperada uma queda real no nível de emprego. Será gradativa até dezembro."

 

Em agosto, o número de contratados pelo segmento no país avançou 0,08% na comparação com julho. No mesmo período do ano passado, a alta também foi pequena, mas maior (de 0,45%).

 

"Houve uma contratação de quase 16 mil pessoas em agosto de 2013. Agora, não chegou a 3.000", acrescenta.

 

"Isso é um reflexo direto da situação econômica brasileira e da insegurança de consumidores e investidores."

 

No acumulado do ano, foram criadas 21,8 mil vagas. No total, a indústria emprega hoje cerca de 3,518 milhões de trabalhadores.

 

O Sudeste e o Centro-Oeste puxaram o nível de emprego para baixo em agosto, com retração de 0,13% e 0,12%, respectivamente. Nas duas regiões juntas, foram fechados 2.626 postos.

 

No Estado de São Paulo, Ribeirão Preto registrou o pior desempenho (-1,24%). Presidente Prudente (1,12%) e São José do Rio Preto (0,62%) foram as únicas cidades monitoradas com alta.

 

APORTE DENTRO DA LOJA

A maioria dos pequenos varejistas de materiais de construção deverá priorizar melhorias nas lojas já existentes, em detrimento de aportes em expansão, segundo estudo da Abad (associação de atacadistas e distribuidores) em parceria com a Agenttia.

 

A abertura de unidades ficou em segundo plano por causa do momento da economia, na análise da entidade.

 

"Com o cenário de incerteza, os empresários tiraram a expansão de suas prioridades", afirma Guilherme Tiezzi, do comitê de materiais de construção da Abad.

 

A maior parte dos entrevistados também decidiu ampliar de 12 para 24 meses os prazos para os investimentos.

 

A pesquisa mostrou ainda que as empresas têm procurado diversificar o negócio -87,5% pretendem investir na expansão da venda de produtos que não são considerados materiais de construção.

 

Entram nessa categoria equipamentos de proteção individual e utilidades de casa e jardim, por exemplo.

 

Foram feitas 219 entrevistas. O estudo será apresentado nesta segunda-feira (22), em um fórum em São Paulo.

 

52% é a parcela que pretende investir na infraestrutura já existente

 

80% das pequenas empresas da área se abastecem por meio de atacadistas e não diretamente da indústria.

 

Fonte: Folha de S.Paulo

 

 

 


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