05/09/2014
A polícia de Nova York foi chamada para reprimir trabalhadores que de restaurantes de comida rápida que protestavam na Times Square. Pelo menos 19 foram detidos.
O protesto faz parte de uma jornada nacional de greves e manifestações para exigir um aumento salarial e pelo direito de filiação sindical.
“Foram detidos 19 manifestantes por desordem pública por obstrução do trânsito de veículos”, informou um representante do Departamento de Polícia de Nova York, ao referir-se à mobilização que teve lugar no tradicional bairro de teatros e casas de entretenimento de Manhattan.
Centenas de manifestantes participaram do protesto e algumas dezenas deles se sentaram no asfalto em frente a um restaurante da rede McDonald’s na Times Square, uma ação de desobediência civil, segundo o site strikefastfood.org, que divulga notícias sobre o movimento dos trabalhadores das redes de fast food.
Os trabalhadores reclamam um salário de US$ 15 por hora, um pouco mais que o dobro do salário mínimo atual de US$ 7,5 por hora pago pela maior parte das cadeias de comida rápida americanas.
Os trabalhadores também reivindicam o direito de criar sindicatos e usufruírem dos direitos sindicais.[
O movimento convocou mobilizações e greves em mais de 150 cidades dos Estados Unidos para esta quinta-feira, 4. Entre as cidades estão Chicago e Detroit ao Norte, Miami ao Sudeste, Denver e Los Angeles a Oeste.
As organizações anunciaram que fariam uma greve na área de Saint Louis, no Misouri, após violentos protestos registrados no subúrbio de Ferguson pelo assassinato no dia 9 de agosto de Michael Brown, de 18 anos, por um oficial de polícia branco. Mas a greve na região foi cancelada.
“Tendo em conta os recentes acontecimentos em Ferguson, e o desejo de paz e normalidade na comunidade, os trabalhadores de restaurantes de comida rápida decidiram não fazer greve na área de St.Louis”, informou o site strikefastfood.org em um comunicado.
O movimento de trabalhadores de restaurantes de comida rápida teve início em Nova York em novembro de 2012 e se estendeu também para fora dos Estados Unidos, com menos força.
Fonte: Estadão
UGT - União Geral dos Trabalhadores