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16º Encontro Paulista da Saúde e 3º Encontro Nacional da Saúde definem diretrizes para a área


18/08/2014

Como construir uma representação sólida em nível social e político para os profissionais da saúde foi o tema que norteou os debates do 16º Encontro de Dirigentes Sindicais e Trabalhadores da Saúde do Estado de São Paulo e 3º Encontro Nacional da Saúde, na Colônia de Férias Firmo de Souza Godinho, em Praia Grande, nos dias 6, 7 e 8 de agosto. 

 

Mais de 300 pessoas participaram do evento. Entre delegados sindicais, trabalhadores da saúde e especialistas no assunto, o evento contou com a participação de representantes sindicais de Minas Gerais, Rio de Janeiro, Bahia, Santa Catarina e Mato Grosso do Sul. 

 

Edison Oliveira, presidente da Federação da Saúde do Estado de São Paulo e do Sinsaúde Campinas e Região, abriu os trabalhos, dizendo que o evento é o momento de aprofundar conhecimentos em relação ao atual cenário político e social e construir uma representação nacional sólida em nível social e político para a evolução dos profissionais da saúde. “Nosso papel, enquanto sindicalistas, é manter integradas as entidades que representam”, destaca.

 

Odilon Guedes, mestre em Economia e professor da PUC-SP, Faculdades Osvaldo Cruz e USP; Benjamin Parton, diretor regional da Uni Global Union/ Uni Américas; Canindé Pegado, secretário-geral da União Geral do Trabalhador (UGT); Adilson Araújo, presidente da Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB) foram unânimes em falar que é possível mudar o País, mas depende de organização e os dirigentes sindicais têm papel fundamental de decisão. 

 

Odilon Guedes mostrou que o País tem capacidade de se desenvolver, mas é necessário acabar com a injustiça tributária. Para ele, o mundo sindical é fundamental para o desenvolvimento do País e sugeriu que todos os trabalhadores se organizem para cobrar mudanças e mais investimentos na saúde. “Porque se não pressionar, não muda.”

 

Representação política 

Alysson Alves, assessor parlamentar do Departamento Intersindical de Assessoria Parlamentar (Diap); Canindé Pegado, secretário-geral da União Geral dos Trabalhadores (UGT) e Benjamin Parton, diretor regional da Uni Global Union / Uni Américas, falaram sobre a participação dos trabalhadores nas esferas de decisão das políticas públicas da saúde brasileira. “O Congresso Nacional é dominado por empresários e carente de parlamentares com vínculo sindical e o trabalhador da saúde, por isso o trabalhador nunca teve uma bancada para fazer contraponto, por isso não avançam nas demandas. É necessário eleger uma bancada sindical própria”, destaca Alysson Alves.

 

Para Canindé Pegado, o trabalhador precisa estar presente onde ocorrem os processos decisórios do País e isto inclui o Congresso Nacional. “O sistema representativo é falho e não atende o povo brasileiro, por isso, precisa ser alterado e ter a participação do povo, porque o trabalhador nunca é chamado para opinar em questões que envolvem o setor”, pontua.

 

Benjamin Parton abordou questões como a internacionalização dos serviços de saúde e a compra de empresas brasileiras da área por multinacionais, que avançam sobre o setor. “À Uni Global cabe abrir espaço para ter fortes interlocutores na área da saúde, porque em muitos países os trabalhadores da saúde não têm nem sindicatos”, diz.

 

Nova confederação da saúde

Outro assunto polêmico girou em torno da representatividade dos trabalhadores da saúde no Brasil com a criação de uma nova confederação nacional que atenda às necessidades da categoria de todo o País. “Queremos uma confederação para somar esforços”, diz Edison Oliveira. “Se quisermos ter representatividade, temos que buscar a união das federações”, completa Maria Nelcy Ribeiro da Costa, tesoureira da Federação da Saúde de Minas Gerais.

 

Lorival Pisetta, assessor da Federação da Saúde de Santa Catarina, deixou claro que seu apoio à causa é irrestrito: “Passou da hora de os trabalhadores da saúde terem representatividade em nível nacional, com lideranças que realmente defendam os direitos dos trabalhadores.” O secretário-geral da Federação da Saúde do Rio de Janeiro, Cláudio Nogueira Nunes, é categórico e diz que se a Confederação Nacional dos Trabalhadores da Saúde (CNTS) não mudar de postura e não atender os objetivos da categoria, a criação de uma nova confederação terá o apoio do Rio de Janeiro.

 

Com a aprovação dos dirigentes de criação de uma entidade que defende os trabalhadores da saúde, ficou definido um grupo que vai encaminhar a formação da nova confederação, que ficou denominada Confederação Nacional dos Trabalhadores da Saúde do Brasil (Cosabra), que, segundo Edison Oliveira, vai buscar o espaço que São Paulo, Minas Gerais, Rio de Janeiro e Mato Grosso do Sul não têm na atual confederação. 

 

Os integrantes do grupo constam da Carta São Paulo, documento que norteará as diretrizes de trabalho dos dirigentes sindicais. Além de Edison Oliveira (SP), a comissão conta com Rogério Fernandes (MG), Maria Bárbara da Costa (RJ), Lorival Pisetta (SC), João Carvalho Pereira (MT), Maria Nelcy Ribeiro da Costa e Cláudio Nogueira Nunes (RJ) e dos sindicalistas paulistas Leide Mengatti, Erivelto Correa Araújo, Luiz Carlos Vergara Pereira, Milton Carlos Sanches e Carlos José Gonçalves.

 

Para finalizar o evento, o autor do best-seller “Encantadores de Vida”, Eduardo Moreira, encantou a todos com sua história de vida e a transformação de executivo-financeiro a escritor premiado e único brasileiro condecorado pela rainha da Inglaterra. Ele falou sobre  a necessidade de dedicar o tempo à própria vida. “A gente é o tempo que a gente tem”, disse ele, destacando ainda que “é preciso ‘fazer’ as coisas que nos deixam felizes”.

 


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