07/08/2014
A plenária da Colônia de Férias Firmo de Souza Godinho, em Praia Grande, esteve lotada na noite de 6 de agosto para a abertura do 16º Encontro de Dirigentes Sindicais e Trabalhadores da Saúde do Estado de São Paulo, juntamente com o 3º Encontro Nacional da Saúde, com a participação de representantes de Minas Gerais, Rio de Janeiro, Bahia, Santa Catarina e Mato Grosso do Sul. Mais de 300 pessoas, entre dirigentes sindicais, trabalhadores da saúde e especialistas no assunto estiveram presentes para dar início aos debates acerca do tema de como construir uma representação sólida em nível social e político para os profissionais da saúde.
A abertura do evento contou ainda com Odilon Guedes, mestre em economia e professor da PUC-SP, Faculdades Osvaldo Cruz e USP; Benjamin Parton, diretor regional da Uni Global Union/ Uni Américas; Canindé Pegado, secretário-geral da União Geral do Trabalhador (UGT), representando Ricardo Patah, presidente da UGT; Paulo Pimentel, presidente do Sindicato da Saúde de Santos, representando José Calixto Ramos, presidente da Nova Central Sindical de Trabalhadores (NCST); Adilson Araújo, presidente da Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB), Edison Laércio de Oliveira, presidente da Federação da Saúde do Estado de São Paulo e do Sindicato da Saúde Campinas e Região; dirigentes sindicais e trabalhadores da área da saúde.
Para Edison Laércio de Oliveira, este é o momento de aprofundar conhecimentos em relação ao atual cenário político e social e construir uma representação nacional sólida em nível social e político para a evolução dos profissionais da saúde. “Nosso papel, enquanto sindicalistas, é manter integradas as entidades que representam a categoria e nos manter atualizados para que assim, possamos dar subsídio aos diretores que estão na linha de frente das negociações sindicais”, destaca Edison.
Todos foram unânimes ao falar que é possível mudar o país, mas depende de organização e os dirigentes sindicais têm papel fundamental de decisão. Odilon Guedes, o palestrante da noite, falou sobre a realidade brasileira, com os aspectos positivos e negativos, mostrando que o País tem capacidade de se desenvolver, mas é necessário acabar com a injustiça tributária.
Para Odilon, “o mundo sindical é fundamental para o desenvolvimento do País” e sugeriu que todos os trabalhadores se organizem para cobrar mudanças e mais investimentos na saúde. “Temos que nos organizar, porque se não pressionar não muda.” Ele apontou números que mostram o baixo investimento na saúde pelo Governo Federal, da ordem de US$ 477 por habitante contra US$ 869 da Argentina e US$ 2.747 dos Estados Unidos. Segundo ele, outro disparate é o governo ter orçamento de R$ 106 bilhões para saúde e de R$ 250 bilhões para pagar juros da dívida.
Os trabalhos terão sequência amanhã, quinta-feira, 7, com os palestrantes Alysson Alves, assessor parlamentar do Departamento Intersindical de Assessoria Parlamentar (DIAP); Canindé Pegado, secretário-geral da União Geral dos Trabalhadores (UGT); para falar sobre a participação dos trabalhadores nas esferas de decisão das políticas públicas da saúde brasileira.
Sexta-feira, dia 8, será debatido a resolução do encontro.
Para finalizar o Encontro, os congressistas terão a oportunidade de ouvir Eduardo Moreira, um dos fundadores e membro do Comitê Executivo do Banco Brasil Plural e autor do best seller “Encantadores de Vidas”, livro que atingiu o primeiro lugar nas listas de mais vendidos no Brasil e primeiro brasileiro a ser condecorado, em 2012, pela rainha Elizabeth II, da Inglaterra.
Fonte: Federação dos Trabalhadores da Saúde do Estado de São Paulo
UGT - União Geral dos Trabalhadores