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Participação, conscientização e responsabilidade compartilhada marcam encerramento de evento rumo à COP20


02/08/2014

 

O Seminário de Mobilização Social Rumo à COP20 encerrou suas atividades na tarde deste sábado, 02/08, na Itaipu Binacional, em Foz do Iguaçu, com um balanço do que foi debatido nas mesas de atividades e metas para as mudanças climáticas a serem levadas para o evento, em dezembro, em Lima, no Peru.

Liege Rocha, da União Brasileira de Mulheres, representou a mesa dos Movimentos Sociais, com destaque para a economia solidária e integração regional dos movimentos sociais, para que eles possam chegar mais fortalecidos em eventos como a COP20, na defesa de suas propostas.

 

“Enfatizamos as  questões de ambiente , os quilombolas, assim como as religiões de matriz africana e étnico social. É preciso trabalhar as políticas de sustentabilidade, com práticas saudáveis, levando em conta a economia solidária”, explica Liege.

 

A mesa de Movimentos Sindicais trouxe como ponto de partida o consenso e o comprometimento que uma entidade sindical deve ter. Cristina Palmieri, do Comitê de Sustentabilidade da UGT, ressalta as bandeiras que  o movimento sindical tem levado adiante. “Empregos verdes, taxação sobre as transições financeiras e transição justa, sem exclusão do trabalhador. São temáticas da campanha da OIT (Organização Internacional do Trabalho - ONU), defendida pela CSI (Central Sindical Internacional) e não abrimos mão”, defende.

 

Eva de Lucca, da CUT, destacou a articulação para a construção de proposta para defender o trabalhador na COP20.

 

Bernardino Britto, representando os eletricitários, ressaltou a necessidade da capacitação de representantes sindicais e a importância do movimento em assumir a política ambiental, assim como os salários de um trabalhador, por exemplo.

 

“É preciso haver uma aliança, para se construir um pacto sobre ambiente. E a partir de articulação entre entidades, que se cria este instrumento”, diz Britto.

Adilson Barbosa, Secretário Nacional de Meio Ambiente da Fenatema(Federação Nacional dos Trabalhadores em Energia, Água e Meio Ambiente), colocou em pauta questões de saneamento, energia e água e como o desequilíbrio com o ambiente pode prejudicar os trabalhadores e, sucessivamente sua renda e alimentação.

 

A qualidade de vida do coletivo dos cidadãos de nosso país, consubstanciada pelo Projeto Cresce Brasil - SEESP/FNE/CNTU - outra temática de luta dos representantes da classe trabalhadora - visando uma governança desenvolvimentista, norteada pelos ditames da "sustentabilidade", por meio das instituições nacionais que objetivam o bem-estar popular, no bojo da busca de um "Compromisso de Convergência" de todas as entidades de representação social, foi ressaltada por Jorge Joel de Faria Souza, representando o SEESP - Sindicato dos Engenheiros no Estado de São Paulo, a FNE - Federação Nacional dos Engenheiros e a CNTU - Confederação Nacional dos Trabalhadores Liberais Universitários Regulamentados.

 

Segundo Sebastião Soares, da Nova Central e Agencia Social, “precisamos pressionar governo e ONU para que saia o Protocolo eficaz na COP20, em Lima, e seja atuante na COP21, em Paris. E o movimento sindical terá que ser inserido”. 

 

Milagros Paz, da CATP (Central Autônoma de Trabalhadores do Peru),  reforçou compromisso individual para poder formar um todo. “Precisamos estar convencidos do que estamos fazendo, do compromisso que queremos para o documento que será levado em Lima, na COP20”.

 

Conscientização também é dever do sindicalista. Pensar em eventos conscientes, como a substituição de copos descartáveis por canecas de uso pessoal, pensar a saúde como bem-estar coletivo, com boas práticas para que possam transformar a realidade, assim como qualificar e possibilitar projetos nas perspectiva de um mundo melhor e mais justo.

 

Na vertente da qualidade de vida, Jair Kotz, superintendente da Itaipu Binacional, lembra que ao usar recursos como água, minério, energia, se pense na população. Ele explica que ao se fazer um empreendimento, seja beneficiada uma nação, mas principalmente, as pessoas onde ele esteja sendo implementado.

 

A terceira mesa de Assuntos Institucionais formulou um convite convocando que esse encontro se multiplique e trabalhe em conjunto para os próximos trabalhos que serão produzidos para serem encaminhados à COP20.

 

O dia foi encerrado com a formulação da Carta de Foz do Iguaçu, que traz o compromisso socioambiental e de justiça para todos e responsabilidade compartilhada. “O documento será remetido aos países latino-americanos para que eles se abram e incentivem a população a participar na COP 20”, informa Ivan Feloniuk, da ONG Pró-Diversitas e secretário-geral do IAFSMPOA (Instituto Amigo do Fórum Social Mundial de Porto Alegre).

 

Mariana Veltri – imprensa da UGT e Comitê de Sustentabilidade da UGT




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