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UGT representa movimento sindical em Seminário rumo à COP20


01/08/2014

A Itaipu Binacional, em Foz do Iguaçu, é palco do Seminário de Mobilização Social Rumo à COP20, que teve início na manhã desta sexta-feira, 01/08, e segue até sábado, 02/08, com diversas atividades. Organizado pelo Instituto Amigo do Fórum Social Mundial de Porto Alegre (IAFSMPOA), participam do evento governo, movimento sindical - representado pela União Geral dos Trabalhadores (UGT) - e sociedade civil, com o objetivo de traçar metas e propostas para serem levadas à Lima, no Peru, onde será realizada a COP20, em dezembro deste ano.

 

Nelson Friedrich, diretor de coordenação da Itaipu Binacional, abriu a mesa destacando a importância da participação de cada um, como atores de uma mudança profunda e a Itaipu, como sediadora deste evento pré-Cop20 atenta pela responsabilidade compartilhada. 

 

“Um evento como esse significa um  protagonismo da América Latina, hoje estamos vivendo a maior crise ambiental da nossa humanidade. E precisamos de um novo jeito de ser, de viver, sentir e consumir. O censo de urgência diante da grave crise ainda não chegou”, ressalta. 

Para Friedrich, é preciso um novo olhar, não só para a questão social, ambiental, mas também cultural e espiritual e destacou os males deste cenário para o ser humano.  “Consumo excessivo e doentio, crise econômica e crescimento incontrolável são causadores de uma crise no corpo”, destaca.

 

Com destaque para a juventude, Raquel Rosenberg, da ONG Engajamundo, destacou a importância de se somarem forças para uma incidência maior nesses processos. “Estamos aqui tratando de uma assunto que é o presente e as futuras gerações são pessoas, mulheres, homens, indígenas, gays, lésbicas, negros. Há um papel muito grande dos movimentos sociais em ser representado nessas conferências. Agradeço a vocês se disporem a dialogar para essa Conferência e garantir o nosso presente e nosso futuro”, diz.

 

Marcos Del Prette,  representante do Ministério do Meio Ambiente, esteve no Seminário dizendo que a pasta está aberta em receber sugestões e reivindicações para colaborar com o processo da COP20, destacou a importância do Fundo do Clima, projeto criado para integração da população em vulnerabilidade como ação de medida para o ambiente, e a necessidade de encaminhar e aplicar os recursos em apoio ao evento.

 

Layla Saad, representante da  ONU/Centro Rio+ no Peru, destacou a importância da iniciativa e que essa participação do país na COP20 é importante para o povo de Lima. “Ter uma análise de como a mudança climática se vincula com o desenvolvimento humano, pobreza e desigualdade é importante, porque temos uma série de crises, mas temos que ter propostas concretas para pensar no que queremos e se queremos. Pensar se estão dentro das novas propostas que estão surgindo”, reforça.

 

Muito se fala em economia verde. Layla pede uma reflexão: “É isso que queremos? Como ver isso dentro de uma análise da mudança climática?”. Para ela, é preciso pensar o depois, não apenas criar documentos. Como monitorar os compromissos que nascerem da Conferência  e como serão feitos para interagir coma sociedade civil e seus representantes. Ver o que deu certo ou não para os próximos passos que rumam à construção dos Objetivos do Desenvolvimento Sustentável (ODS).

 

Claudia Galvez Durand e Lúcia Sato Westphalen Isato, do Ministério do Meio Ambiente do Peru, traçaram um panorama da organização da COP20 e os desafios que o país terá em receber um evento como este. A importância de facilitar a participação de todos os espaços para a atuação da sociedade civil e oficial foi um dos destaques, além da promoção de uma agenda internacional de mudança climática e a importância de se criar uma agenda interna, para um legado de ações. 

 

Na exposição de temáticas internas, a COP20 foi destacada atenção para os bosques, montanhas, oceanos, cidades sustentáveis e energia. E estará pautada nos seguintes princípios: abertura, inclusão e transparência / solidariedade entre os pares / sustentabilidade e austeridades / solicitamos apoio do governo e outros setores.

 

Para o Embaixador José Antonio Marcondes de Carvalho, do Ministério das Relações Exteriores do Brasil é dever do governo estar em um Seminário como este para conversar e dialogar com a sociedade. “Nossa capacidade como nação, para crescermos e desenvolvermos é uma responsabilidade nossa, compartilhada na negociação do clima. O governos precisa da força e ação da sociedade, é uma via de mão dupla, uma interação que deve ser permanente e crescente”, saudou mostrando a importância da mobilização dos movimentos sociais como base para uma transformação.

 

Como organizador de um evento pré-COP20, Lélio Falcão, presidente do IAFSMPOA, visa que o Brasil faça um aporte muito grande para Lima, “mostraremos na COP20 como estamos trabalhando as questões da mudança climática. Esfoliação de minérios, pau-brasil, é algo que temos ter consciência da importância, que tem em nosso continente, e que deve ser debatido”, enfatiza.

 

Neilton Fidelis, do Fórum Brasileiro de Mudanças Climáticas chamou a atenção sobre o papel que o Fórum tem em dar voz. “O Fórum é presidido pela presidência da república, mas ao mesmo tempo não está ligado, preso a uma estrutura de governo. A nossa comunicação é direta”, reforça.

 

Para Fidelis, o plano geral de adaptação da mudança do clima é o grande desafio. “Tem q ir além do clima. Há ainda muita vulnerabilidade, tem que ter a ciência da adaptação, como reagir a esses efeitos. E ver quais alternativas terão impacto”, finaliza.

 

O evento segue pela tarde desta sexta-feira, com mesas de atividades.

 

Mariana Veltri – imprensa UGT e Comitê de Sustentabilidade da UGT

 

 

 

 

 

 

 

 




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