01/08/2014
Discutir a situação da mulher negra, latino-americana e caribenha no âmbito da saúde e do mercado de trabalho foi o principal objetivo do encontro realizado pela Secretaria da Diversidade do Sindicato dos Comerciários de São Paulo na manhã desta quinta-feira (31/07), na sede da entidade.
O evento, batizado de “Ideias em Debates da Diversidade”, reuniu outros sindicatos, representantes estaduais e municipais e militantes na causa do negro, imigrante, entre outros. Também esteve presente a Juíza Federal do Trabalho Milena Ramos.
Na ocasião, a advogada Claudia Luna, da ONG Elas por Elas, falou sobre o tráfico de pessoas; Oriana Jara, da ONG Presença da América Latina, explicou o cenário atual da imigração; e Edna Muniz, do CEERT- Centro de Estudos das Relações do Trabalho e Desigualdades, explanou sobre a saúde pública para as mulheres negras e imigrantes.
O presidente do Sindicato, Ricardo Patah, lembrou que a luta pela inclusão é antiga para os comerciários de São Paulo. “Esse trabalho de inclusão começou aqui no Sindicato, que representa pessoas de várias raças e religiões, porque o comércio é essa mistura. Em 2004, fizemos um acordo com a Camisaria Colombo para que concedesse cotas de inclusão a afrodescendentes no comércio. Naquela época, foi comprovado que eles ganhavam menos. Além disso, principalmente nos shopping, não se contratavam negros. É um trabalho muito importante que se iniciou aqui e agora pode ser ampliado para a América Latina”, disse Patah.
“Trabalhamos a diversidade como um todo. Adotamos a causa do negro, do público LGBT, das pessoas com deficiência, da mulher, do imigrante e de tudo que envolve o comércio. O objetivo deste encontro é trabalhar em conjunto e fortalecer a luta a favor da diversidade”, disse Cleonice Caetano Souza, diretora da Secretaria da Diversidade.
Presente ao evento, o Secretario da Promoção da Igualdade Racial do Município de São Paulo, Antonio Pinto, elogiou o trabalho dos sindicatos e da sociedade civil. “É muito importante a participação das entidades sindicais para discutir as questões de gênero e inclusão no mercado de trabalho. A diversidade não é só um tema de interesse do governo ou sindicato. É de todos nós. Vamos unir forças e dialogar com as grandes empresas do comércio sobre a questão de gênero e raça na composição de um programa de inclusão”, disse Antonio Pinto.
UGT - União Geral dos Trabalhadores