25/07/2014
O mundo assiste aterrorizado mais uma onda de violência perpetrada pelo Estado de Israel contra população palestina da Faixa de Gaza. Os bombardeios e a invasão terrestre das forças armadas de Israel já resultaram em mais de oitocentas mortes civis – fundamentalmente crianças e mulheres – e a destruição da já precária infraestrutura urbana de Gaza, onde vivem mais de 1,7 milhão de palestinos.
Fica cada dia mais evidente que a ação do Estado de Israel visa, antes de tudo, inviabilizar a unidade nacional e a construção do Estado da Palestina, reivindicação apoiada pela esmagadora maioria dos países membros da Organização das Nações Unidas e pelas forças democráticas e de todo o mundo.
Frente aos horrores da agressão israelense, as centrais sindicais brasileiras que assinam a presente nota, condenam duramente mais esta agressão contra o povo palestino, exigem um imediato cessar-fogo e a retirada das tropas de Israel da Faixa de Gaza, como forma, inclusive, de possibilitar atendimento humanitário à população civil.
Solidários à luta do povo palestino pela sua autodeterminação e independência, conclamamos a comunidade internacional a adoção de medidas efetivas no sentido de garantir a retomada das negociações entre Israel e a Autoridade Palestina para, com base no princípio de dois povos, dois Estados, assegurar uma paz justa e duradoura na região.
A declaração do porta-voz da chancelaria de Israel, Yigal Palmor, de que a atitude do governo brasileiro em repúdio à matança foi a de um “anão diplomático”, que “ilustra a razão por que esse gigante econômico e cultural permanece politicamente irrelevante" fala por si.
Tamanha arrogância e prepotência contra uma manifestação pela paz e em defesa da vida humana são o anúncio de que Israel caminha rapidamente para se converter em um Estado à margem da comunidade internacional, nos moldes do que se transformou a África do Sul durante o regime de segregação racial do apartheid.
Na Segunda Guerra Mundial, os judeus precisaram da ajuda internacional contra os nazistas;
Agora, são os palestinos que precisam da ajuda internacional contra Israel.
São Paulo, 25 de Julho de 2014
CTB
CUT
Força Sindical
Nova Central
UGT
UGT - União Geral dos Trabalhadores