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A União Geral dos Trabalhadores (UGT) recebeu na tarde desta quinta-feira (20) em sua sede em São Paulo, o sindicalista americano Terry Melvin, secretário tesoureiro da AFL-CIO sessão Nova York - American Federation of Labour, maior central sindical americana e presidente da Coalition os Black Trade Unionists (CBTU), organização sem fins lucrativos de membros de sindicatos afro-americanos filiados a AFL-CIO. 

No encontro foram discutidas questões relacionadas as mulheres trabalhadoras e dos sindicalistas negros no movimento sindical. Terry ouviu depoimentos de lideranças da UGT e do presidente da entidade Ricardo Patah, que destacou que o Sindicato dos Comerciários de São Paulo, entidade que reúne na base 500 trabalhadores (as) na cidade, comemora, em 2024, os 20 anos do primeiro acordo coletivo estabelecendo cotas para trabalhadores afrodescendentes. 

"Esse foi o primeiro acordo no Brasil entre uma entidade sindical e uma empresa privada com foco racial. A empresa foi a Camisaria Colombo e essa foi a porta que se abriu para que o comércio varejista de São Paulo olhasse o afrodescendente como uma força de trabalho qualificada e importante no processo de inclusão social", disse Patah.

O Líder ugetista afirmou que a partir desse acordo afrodescendentes hoje representam mais de 40% dos trabalhadores (as) do comércio varejista de São Paulo.

Cleonice Caetano, vice-presidente da UGT, destacou a importância do mutirão de emprego realizado pela UGT nos últimos anos. " Aproximamos o trabalhador das empresas. Com isso já conseguimos colocar no mercado de trabalho mais de 40 mil trabalhadores formalizados", afirmou.

Terry Melvin disse que sua visita ao Brasil tem por objetivo conhecer de perto as condições de trabalho no Brasil, principalmente dos afrodescendentes. Ele lembrou que a CBTU e, 1974, foi a primeira organização trabalhista dos Estados Unidos a aprovar resoluções para boicote econômico à África do Sul, em resposta às suas políticas de apartheid.