20/06/2024
Nesta quinta-feira, 20 de junho, a sede da União Geral dos Trabalhadores (UGT), localizada na região central de São Paulo, foi palco do "Encontro Nacional das Mulheres - UGT". O evento, realizado em formato híbrido, foi promovido pelo Coletivo das Mulheres da UGT em parceria com o Solidarity Center, reunindo lideranças sindicais e especialistas para debater e buscar maneiras de fortalecer a capacidade de organização dos sindicatos e ampliar a representação feminina nos espaços de decisão do movimento sindical.
O encontro teve como objetivo principal discutir estratégias para aumentar a presença e a influência das mulheres nos sindicatos, reconhecendo a importância de sua participação ativa nas decisões que impactam diretamente suas vidas e carreiras. O evento proporcionou um espaço para troca de experiências e conhecimento, destacando a necessidade urgente de uma maior inclusão feminina nas lideranças sindicais.
A mesa de abertura contou com a presença de Cleonice Caetano e Cássia Bufelli, ambas vice-presidentes da UGT, além de Maria Edna e Ana Cristina dos Santos Duarte, respectivamente Secretária Adjunta da Mulher e Secretária para Assuntos da Diversidade Humana da UGT. Maria Auxiliadora, representando a Força Sindical, também participou, junto com outras líderes de diversas centrais sindicais.
O presidente da UGT, Ricardo Patah, esteve presente no encontro e fez uma fala destacando a importância das mulheres no mercado de trabalho e no movimento sindical. Patah ressaltou os avanços legislativos em relação aos direitos das mulheres, mencionando a Lei Maria da Penha, que fortalece a proteção contra a violência doméstica, e a recente lei de igualdade salarial, que visa combater a discriminação salarial baseada no gênero.
“É essencial reconhecermos e valorizarmos a contribuição das mulheres em todas as esferas da sociedade, especialmente no mercado de trabalho e no movimento sindical. As leis que foram aprovadas recentemente são passos importantes, mas precisamos continuar lutando por uma igualdade real e efetiva”, afirmou Patah.
Ricardo aproveitou a oportunidade para expressar sua indignação em relação ao Projeto de Lei 1904/2024, conhecido como "PL do Estuprador", que propõe a ampliação da criminalização do aborto, mesmo em casos de estupro. “Não é sobre ser contra ou a favor do aborto. É sobre não admitirmos que se amplie sua criminalização de uma maneira tão insensível, indelicada e desumana”, declarou Patah, que completou: “Essa é uma clara afronta à dignidade feminina”.
O evento ressaltou a importância da união e da ação coletiva para enfrentar os desafios que ainda se colocam à frente das mulheres no mercado de trabalho e no movimento sindical. As discussões enfatizaram a necessidade de uma agenda contínua de luta por mais representatividade, melhores condições de trabalho, e políticas que promovam a igualdade de gênero.
“Estamos aqui para fortalecer a nossa voz, para garantir que as mulheres tenham a mesma oportunidade de ocupar espaços de liderança e decisão. Este encontro é um passo significativo nessa jornada, e estamos comprometidas em continuar essa luta por um mundo mais justo e igualitário para todas”, afirmou Cleonice Caetano.
O "Encontro Nacional das Mulheres - UGT" foi uma importante plataforma para discutir e promover a participação feminina no movimento sindical, destacando a necessidade de uma maior inclusão e representatividade das mulheres. A presença de lideranças comprometidas e a abordagem de temas críticos mostram o compromisso da UGT e de seus parceiros em continuar avançando na luta por direitos e igualdade.
UGT - União Geral dos Trabalhadores