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Na terça-feira (04), diretoria plena, membros da comissão de negociação e delegados participaram de plenária na sede do SMTTRUSP (Sindicato dos Motoristas e Trabalhadores em Transporte Rodoviário Urbano de São Paulo), onde avaliaram o resultado da assembleia geral que deliberou e aprovou por unanimidade a deflagração de greve geral e revisão do plano de lutas da Campanha Salarial 2024.

Segundo o presidente Edivaldo Santiago, a estratégia foi válida, tendo em vista a “enorme repercussão” gerada junto a administração municipal, opinião pública e sociedade. “Todo mundo sabe que estamos faz 45 dias negociando com o setor patronal, sem resultados positivos, sobretudo nas questões econômicas e reposição das perdas salariais desde a pandemia”.

Destacou a unidade dos trabalhadores – dos sistemas estrutural e das novas empresas – que se engajam na luta em busca dos objetivos. “Estamos fazendo história ao unir companheiros de toda categoria, o que tem provocado enorme preocupação do poder público, pois sabem que estamos fortes para o embate”.

Até o final da plenária, a direção da entidade não havia recebido nenhum aceno do setor patronal com contraproposta, que foi avaliado como uma ‘aposta de levar a discussão para o tribunal’. “O patrão quer testar nossa capacidade de aguentar a pressão. Nesta campanha já mostramos uma postura firme, organizada e determinada. Vamos pra luta junto com a categoria nas garagens”, disse o vice-presidente, Valdemir dos Santos Soares (Moleque).

Audiência de conciliação no TRT-SP

Logo após a plenária, o departamento jurídico da entidade foi notificada pelo Tribunal Regional do Trabalho da 2ª Região São Paulo sobre a convocação para audiência com representantes do setor patronal, na quarta-feira (05), a partir das 16 horas.

Leia-se, aqui, parte da convocação do desembargador relator do trabalho, Davi Furtado Meirelles, “…a fim de buscar a conciliação entre as partes e evitar a deflagração do movimento paredista […] designo audiência para o dia 05/06/2024, às 16h00, a ser realizada no 1º andar do Edifício Sede deste Regional, localizado na Rua da Consolação 1.272.

Intimem-se, com urgência, as partes e o sindicato da categoria patronal (Sindicato das Empresas de Transporte Coletivo Urbano de Passageiros de São Paulo – SPUrbanuss), para que compareçam devidamente representados e acompanhados de seus procuradores…”

“Vamos para a audiência com a expectativa de receber uma contraproposta à altura das necessidades daquilo que os trabalhadores aprovaram em assembleia. Contamos com o bom senso e entendimento da outra parte para uma resolução efetiva para a categoria e para a cidade de São Paulo”, ressaltou Edivaldo Santiago.

O que queremos dos patrões…

A direção do SMTTRUSP (Sindicato dos Motoristas e Trabalhadores em Transporte Rodoviário Urbano de São Paulo) pede reajuste de 3,69% pelo IPCA-IBGE, mais 5% de aumento real e reposição das perdas salariais na pandemia na ordem de 2,46% segundo o Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (DIEESE).

Também reivindica ampliação na Participação nos Lucros e Resultados (PLR), reajuste do ticket para 38 reais, cesta básica com produtos de qualidade e fim do termo SIMILAR, reajuste de 17% no seguro de vida e cobertura de 10 salários mínimos em respeito a lei 12.619 (lei do motorista), melhoria nos convênios médico e odontológico, jornada de trabalho de 7 horas efetivamente trabalhadas (6h30 mais 30 minutos de descanso e refeição) ou 6 horas trabalhadas e 1 hora remunerada, auxílio funeral com revisão dos valores e cartão para uso em necessidade.