06/01/2024
Lembrar sempre para que não se repita
O movimento sindical dos trabalhadores e trabalhadoras
repudia qualquer ato golpista e antidemocrático, como o fez em janeiro de 2023.
Associa-se às manifestações do dia 8/1/2024 em comemoração à Democracia
Inabalada que derrotou os arreganhos golpistas de 8/1/2023.
Vivemos um extenso e sólido período sob o regime democrático
no Brasil, marcado por eleições periódicas, pela plena funcionalidade do
Congresso Nacional, pela independência e harmonia entre os poderes e pela
liberdade de organização e atuação das entidades civis.
A escalada golpista que culminou com o ato criminoso do dia 8/1/2023,
organizada por traidores da pátria que não aceitaram o resultado soberano das
eleições, não conseguiu interromper este período, que se estende desde o fim da
ditadura militar, em 1985.
Cientes de que o Brasil tem desafios significativos à
frente, reconhecemos a necessidade de avançar na inclusão social, garantindo
acesso essencial à população mais vulnerável.
Precisamos avançar na geração de trabalho decente, na
geração de mais empregos, na reindustrialização do país, no acesso à saúde,
fortalecendo o SUS, e na garantia de acesso a todos os níveis da educação
pública de qualidade. E só podemos avançar através do esforço das instituições
democráticas.
Neste contexto, as entidades sindicais desempenham um papel
central, garantindo a valorização salarial dos trabalhadores e das
trabalhadoras, a conquista de direitos, condições de saúde e segurança nos
locais de trabalho, bem como em manifestações por um sistema econômico e social
que contemple a inserção do povo.
Desempenham também papel fundamental contra o autoritarismo.
Foi assim, no período mais duro da ditadura militar quando, apesar das
prisões, torturas, perseguições e intervenções, o movimento sindical resistiu e
lutou por liberdade e por igualdade.
Hoje, para que o país avance, precisamos garantir que o
caminho da democracia permaneça livre e seguro.
Após quatro anos de um governo que flertava abertamente com o autoritarismo, chegamos perto de um golpe. Corremos o risco de ver a democracia, pela qual lutamos bravamente, ser destruída. E isso nos ensina a ficar alertas e permanecer lutando cotidianamente por sua manutenção.
O movimento sindical sempre esteve na linha de frente da luta por um Brasil democrático. Por isso, convocamos a militância do conjunto das centrais sindicais a participar das atividades e atos em defesa da democracia neste 8 de janeiro de 2024.
São Paulo, 6 de janeiro de 2024
Sérgio Nobre, Presidente da CUT (Central Única dos
Trabalhadores)
Miguel Torres, Presidente da Força Sindical
Ricardo Patah, Presidente da UGT (União Geral dos
Trabalhadores)
Adilson Araújo, Presidente da CTB (Central dos
Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil)
Moacyr Roberto Tesch Auersvald, Presidente da NCST (Nova
Central Sindical de Trabalhadores)
Antonio Neto, Presidente da CSB, (Central dos Sindicatos
Brasileiros)
Nilza Pereira, secretária geral da Intersindical Central
da Classe Trabalhadora
José Gozze, Presidente da PÚBLICA, Central do Servidor
UGT - União Geral dos Trabalhadores