05/06/2014
A comitiva da União Geral dos Trabalhadores, que está participando da 103ª Conferência Internacional da Organização Internacional do Trabalho (OIT), liderou um protesto contra as mortes de trabalhadores no Catar.
Esse protesto foi organizado pela Internacional de Trabalhadores da Construção e da Madeira, que denuncia a morte de 1200 trabalhadores envolvidos na construção dos estádios e em obras de infraestrutura para a Copa do Mundo de Futebol de 2022.
No país, a maioria da mão-de-obra barata é formada por imigrantes do Nepal, Índia e Paquistão. Os operários são expostos a longas jornadas - muitas acima de 12 horas - e lidam com um ambiente de trabalho pouco seguro e carente de infraestrutura adequada.
Há relatos de condições análogas à escravidão nas obras da Copa. Passaportes são confiscados e os salários são retidos pelos chefes durante meses. Tudo isso com um calor de 50 graus Celsius sobre a cabeça. Muitos se machucam seriamente ou morrem após caírem de grandes alturas. Outros se suicidaram.
Nilson Duarte Costa, presidente da UGT – RJ, estava no protesto e afirmou que esse tipo de exploração do trabalhador não é mais aceitável: “Uma das principais bandeiras de luta da UGT e de todo o movimento sindical é o trabalho decente e a segurança no trabalho. O mundo, as grandes economias, não podem mais fechar os olhos para esse problema que ocorre principalmente com o trabalhador imigrante”.
UGT - União Geral dos Trabalhadores