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Foi aprovado, nesta quarta-feira (04/10), na Câmara Municipal de São Paulo, o projeto de lei que prevê isenção total ou parcial de IPTU (Imposto Predial Territorial Urbano) de imóveis da região da Cracolândia. Para a União Geral dos Trabalhadores (UGT) esta é uma medida paliativa que não resolve o problema.

Segundo Ricardo Patah, presidente nacional da UGT, a Cracolândia com o passar dos anos se tornou um problema social de saúde e segurança pública, que já tem reflexos na economia dos estados. “Com relação a isenção de IPTU na verdade é uma decisão paliativa, não resolve o problema da região, questão essa que trouxe 20 mil desempregos nos últimos anos, traz insegurança e medo, afastando os (as) clientes dos comércios de rua e tirando o glamour do centro de São Paulo”, explica.

O que antes era apenas um problema individual que girava em torno dos (as) usuários (as) e seus familiares, sendo possível os (as) governantes fazerem vistas grossas fingindo que tal situação não cabia a eles propor uma solução, hoje já interfere na economia da 17ª cidade mais rica do mundo, já que no centro de São Paulo, o comércio de rua continua a fechar suas portas e milhares de pessoas estão perdendo seus empregos e suas rendas.

para Ricardo, esta é uma questão social das mais graves que precisa ser enfrentada com projetos que incluem o acolhimento das pessoas que estão em situação de rua ou de vícios. “Não adianta atender e jogar novamente na rua, é preciso haver qualificação e capacitação para que entrem no mercado (trabalho)”.

“Precisamos ter uma outra forma de enfrentamento a esse problema, para que a gente possa superar uma das adversidades mais graves, não só de são Paulo, mas de vários estados do Brasil, que também têm a tal da Cracolândia”, concluiu Patah.

A UGT, juntamente com Sindicato dos Comerciários de São Paulo, Padeiros de São Paulo, Cargas Próprias e entidades e entidades que representam comerciantes, moradores e empresários da região do entorno da Rua Santa Ifigênia estão buscando apoio dos governos municipal, estadual e federal para buscar medidas de combate mais efetivo para solucionar essa grave situação.