UGT UGT

Filiado à:


Filiado Filiado 2

Notícias

DESAFIOS E POSSIBILIDADES DA NEGOCIAÇÃO COLETIVA NA ATUAL CONJUNTURA POLÍTICA


06/07/2023

DESAFIOS E POSSIBILIDADES DA NEGOCIAÇÃO COLETIVA NA ATUAL CONJUNTURA POLÍTICA

Durante a Etapa II do Curso de Formação Político-sindical da UGT, em parceria com o Solidarity Center, para dirigentes das Regiões Sul, Sudeste e Centro-Oeste, os participantes debateram as mais diversas formas de Negociação Coletiva, com Cláusulas Inclusivas e as possibilidades de vitórias para trabalhadores e trabalhadoras de várias categorias.


Estiveram no Ato de Abertura do Curso Ricardo Patah, Presidente Nacional da UGT; Gustavo Garcia, Gerente de Programa do Solidarity Center no Brasil; Luiz Carlos S. Oliveira, Secretário dos Servidores Público da UGT e Presidente da FESMEPAR; Canindé Pegado, Secretário Geral da UGT e Erledes da Silveira, Coordenador de Formação da UGT, representando Chiquinho Pereira, Secretário de Organização e Formação Político-sindical. Em suas falas, todos foram unânimes sobre a importância da Formação na luta dos trabalhadores/as, e reafirmaram o compromisso de continuar com o Projeto de Formação Político-sindical para sindicalistas e trabalhadores/as de todo país.


No primeiro dia do curso, Clemente Ganz Lúcio, ressaltou em sua exposição que o Novo Contrato Social como recomenda a Declaração da Confederação Sindical Internacional (CS), já está sendo realizado no Brasil e as Centrais Sindicais estão participando desta reparação. E mais, para ele, a aplicação do Novo Contrato Social pode garantir que direitos ambientais e sociais sejam respeitados, com empregos decentes e com Salários Mínimos dignos. Por essa razão, fortalecer a Negociação Coletiva com Cláusulas Inclusivas é fundamental.


Nos debates realizados no período da tarde, Chiquinho Pereira, da categoria dos Padeiros; Davi Zaia, categoria dos Bancários; e Luiz Carlos, dos Servidores Públicos falaram sobre as experiências dessas categorias diante das Negociações Coletivas. Para eles, apesar de toda dificuldade, houve avanços e ganhos nas negociações, principalmente nas cláusulas sociais. A dura realidade política e econômica imposta pelo governo de Bolsonaro, deixou as categorias sem aumento real nos salários, porém, essa situação está mudando e já é possível perceber nas Negociações realizadas no primeiro semestre deste ano.


Na opinião desses três dirigentes, apesar das diferenças entre as categorias que representam, uma questão foi fundamental para os avanços nas Negociações Coletivas nos últimos anos: o trabalho dos sindicatos, onde as informações, os debates e a presença constante dessas entidades de classe entre os trabalhadores e as trabalhadoras foram essenciais. É preciso, mais do que nunca, envolver o conjunto das categorias no dia a dia de suas lutas, para garantir e ampliar as conquistas.


FORTALECIMENTO DAS NEGOCIAÇÕES: MEIO AMBIENTE, POLÍTICA DE SEGURANÇA, DIVERSIDADE E COMUNICAÇÃO

Ao tratar da importância das Cláusulas Inclusivas nas Negociações Coletivas, a Engenheira Civil, Cristina Palmieri, reforçou a inclusão dos 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável, deliberado pela ONU no processo. Esses Objetivos têm significados essenciais para promoção de uma vida digna, saudável, de paz e harmonia em nosso planeta. Para isso, é fundamental promover o trabalho decente, salários justos, igualdade de gênero, saneamento básico, acesso à saúde, educação e o combate ao desemprego.


Para Maria da Silva, diretora do Siemaco/SP, outra questão importante diz respeito a implementação de cláusulas nas Negociações Coletivas sobre o combate ao racismo, homofobia e misoginia nos locais de trabalho. O preconceito da cor da pele, o assédio moral e sexual, as ofensas dirigidas às pessoas lésbicas, gays, trans, entre outras, às mulheres e às pessoas com deficiência têm provocado o aumento de doenças mentais em todo o país. Portanto, a inclusão de Propostas que combatam esse tipo de atitude nos locais de trabalho se faz necessária e urgente.


Cleonice Caetano, vice-presidente da UGT, abordou a questão da saúde e segurança dos trabalhadores, onde, além da inclusão das cláusulas específicas nas Negociações que garantam um ambiente de trabalho saudável, é necessário que os sindicatos promovam Ações de combate ao desemprego, a elevação dos salários, com empregos decentes. Neste sentido, o Mutirão de Emprego realizado há seis anos por alguns sindicatos filiados a UGT é um excelente exemplo, com resultados positivos para os trabalhadores/as.


Em sua exposição, Fabiana Campelo, Técnica do DIEESE registrou que a Negociação Coletiva é a afirmação da existência do Sindicato como instrumento para regular as relações de trabalho (capital x trabalho). Ela falou também sobre a importância dos impactos por ela alcançados, seja nas cláusulas Econômicas, Sociais e Inclusivas, pois beneficiam não somente a categoria e sua família, mas toda a sociedade e a própria economia.


Altamiro Borges, Jornalista e presidente do Centro de Estudos da Mídia Barão de Itararé, apresentou um diagnóstico sobre a realidade da comunicação no Brasil, onde apenas cinco famílias detém os principais Meios, o que exige de todos nós lutar pela Democratização da Informação. Ele ressalta que para se construir uma Comunicação Sindical eficaz é preciso que os dirigentes vejam a questão da mesma como Investimento e não como despesa. Além disso, é necessário que a Comunicação Sindical considere em suas pautas três questões: derrotar o fascismo (que avança no Brasil e no mundo); Avançar nas Mudanças realizadas pelo atual governo (aproveitar os espaços e o período de democracia para o bom debate diante da luta de ideias); e Fortalecer a Organização Sindical (com sindicalizações e presenças constante junto aos trabalhadores e trabalhadoras).


O Professor Universitário e Mestre em Tecnologia da Informação, Ricardo Martins, falou sobre o papel da Comunicação Sindical na era Digital, apontando os desafios e as oportunidades. Ele considera que a mesma evoluiu com o avanço da Tecnologia, garantindo, por exemplo, rapidez e a ampliação geográfica das informações, desde que use as ferramentas corretas, respeitando as particularidades do público-alvo. No entanto, é fundamental enfrentar alguns desafios, inclusive nas Negociações Coletivas, para garantir o acesso e a inclusão digital, a capacitação e formação dos trabalhadores e trabalhadoras, entre outros.



MAIS DE 90 SINDICALISTAS PARTICIPARAM DO CURSO


SINDICALISTAS DO SINDSPA - APUCARANA/PR


SINDICALISTAS DO SIEMACO/RJ

CHIQUINHO PEREIRA, DAVI ZAIA E ERLEDES DA SILVEIRA






logo

UGT - União Geral dos Trabalhadores


Rua Formosa, 367 - 4º andar - Centro - São Paulo/SP - 01049-911 - Tel.: (11) 2111-7300
© 2023 Todos os direitos reservados.