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A Comissão de Desenvolvimento Urbano (CDU), da Câmara dos Deputados promoveu, na manhã desta quinta-feira (22/06), uma audiência pública para debater o impacto das plataformas nas cidades e suas consequências na vida dos trabalhadores e trabalhadoras de aplicativos.

A audiência, que que aconteceu de forma híbrida, teve requerimento da deputada Denise Pessôa e contou com a presença de Gilberto Almeida dos Santos, o Gil, presidente do Sindicato dos Motoboys de São Paulo, Leandro Cruz, presidente do Sindicato dos trabalhadores com aplicativo do estado de São Paulo (Stattesp), Fausto Augusto, diretor técnico do Dieese, além de representantes de movimentos sociais de mobilidade urbana de todo o Brasil, do Ministério Público do Trabalho (MPT), Associação Brasileira de Mobilidade e Tecnologia, entre outros.

Gil chamou atenção para a ausência de representantes das empresas de aplicativo, classificando como uma falta de respeito para com a casa e, principalmente, para com os trabalhadores e trabalhadoras. “Só tivemos um representante de empresa de aplicativo que veio dar a cara a bater”.

O sindicalista ressaltou que as empresas de aplicativo abriram recentemente a modalidade de mototáxi em suas plataformas desregulamentando toda a atividade de mototáxi do Brasil, que está regulamentada pela Lei 12009, o que vem inundando os hospitais de acidentados, pois quando acontece algum acidente, nesta modalidade de transporte, são duas as vítimas. “Quando o motoentregador cai, seja de alimento ou de mercadoria, é uma pessoa, mas se mudamos o modal do transporte para mototáxi temos duas vítimas”, explicou Gil.

“As empresas pegam um motociclista sem critério nenhum e coloca para transportar passageiros que, na maioria das vezes só querem chegar mais rápido no seu destino e acabam se acidentando. Isso demonstra que as empresas não têm compromisso nenhum com o governo, com a previdência, com a saúde da população”, concluiu.