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Mais de uma centena de dirigentes de sindicatos filiados à UGT (União Geral dos Trabalhadores) do Paraná participaram no último final de semana, em Foz do Iguaçu, da Reunião Estadual de Planejamento Estratégico da entidade, quando estiveram em pauta as ações de organização e fortalecimento da representação sindical no cenário atual.

As transformações do mercado de trabalho estão acontecendo a uma velocidade digital. Novas profissões, jornadas e tecnologias demonstram ser urgente que o sistema de organização sindical se adapte para atender às crescentes demandas do mundo do trabalho.

Como colocou Manassés Oliveira, presidente da UGT-Paraná, “precisamos construir agora as bases que vão permitir que o movimento sindical se modifique para proteger os direitos dos trabalhadores indistintamente”.

Em sua apresentação, o economista Clemente Ganz destacou o lapso temporal entre o surgimento de conflitos nas relações diversas de trabalho e sua superação. Para Clemente, legitimar o poder das negociações coletivas com o protagonismo dos sindicatos e cobrar o respeito do negociado sobre o legislado são  pilares de um novo modelo de organização sindical, mais forte e atuante.Em um governo de trabalhador,  o papel e as responsabilidades do movimento sindical são ainda maiores e a união, capacitação e modernização são determinantes para o futuro das representação  dos trabalhadores.

BANDEIRAS DE LUTA
Junto com o presidente nacional da UGT, Ricardo Patah, os ugetistas confirmaram as principais bandeiras de luta que estão sendo defendidas pela Central, como a defesa da democracia; ações de sustentabilidade; regulamentação dos trabalhos por aplicativos e home-office; ultratividade dos acordos e convenções coletivas de trabalho;  participação dos sindicatos em qualquer tipo de negociação coletiva; homologações nos sindicatos; custeio sindical, unicidade e manutenção da estrutura sindical.

Ao final das palestras, vários dirigentes se manifestaram apresentando propostas em relação ao projeto de reforma sindical e trabalhista que o governo federal deve encaminhar ainda neste ano ao Congresso Nacional e à atuação política-sindical da UGT.

A Federação dos Bancários do Paraná (Feeb-PR) e os sindicatos filiados estiveram presentes através do presidente da Federação, Gladir Basso, e dos diretores Iara Freire e Marcus Fressato.

REFORMA SINDICAL
Na ocasião, Gladir Basso, fazendo uma exposição, continuou defendendo o projeto de lei 5552/2019, do deputado federal Lincoln Portela (PL/MG), e que tem como relator Luiz Carlos Motta (PL-SP). Esse projeto foi elaborado por todas as confederações de trabalhadores e contém todo o procedimento e custeio para todas as entidades sindicais de trabalhadores; defende a unicidade sindical; trata da criação de um comitê com as entidades; e trata também do fim da ultratividade e da volta das homologações às entidades sindicais.

Sobre este tema, a Confederação Nacional dos Bancários (Contec), juntamente com as federações, entre elas a dos Bancários do Paraná (Feeb-PR), dos Comerciários, dos Servidores Públicos, dos Funcionários da Copel, entre outras entidades, defendem esse projeto sobre a reforma sindical.

De acordo com Gladir Basso, “entendemos que há divergências sobre o teor deste projeto, mas defendemos essa proposta e precisamos buscar consenso que, na verdade, preserve a representação dos sindicatos, das federações e das confederações, através da unicidade, porque, constitucionalmente, cabe aos sindicatos, às federações e confederações conduzir as negociações coletivas das suas respectivas categorias de trabalhadores, ficando para as centrais sindicais, de forma plural, a tarefa de discutir temas nacionais, como salário mínimo, FGTS e a tabela do Imposto de Renda”.


Notícias Feeb/PR