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O Sindicato dos Comerciários de São Paulo, entidade filiada à UGT, realizou a Marcha pela Carteira Assinada na Rua 25 de Março nesta sexta-feira,  dia 09.

No comércio em geral, de 18% a 20% dos trabalhadores vivem em situação informal e a manifestação teve como objetivo esclarecer e reduzir a informalidade nessa região que possui um índice altíssimo de trabalhadores não registrados.

A Carteira de Trabalho é o documento que visa minimizar a rotatividade no mercado de trabalho, garante a segurança para o trabalhador em caso de qualquer adversidade e benefícios como: Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS),  aposentadoria, seguro-desemprego, auxílio-doença, auxílio-acidente, salário-família, licença-maternidade, etc.

A passeata teve início na Rua Carlos de Souza Nazaré e percorreu a Rua 25 de Março até a Rua General Carneiro.

“Estamos envolvidos em um projeto nacional, desenvolvido pelo DIEESE, que visa, unicamente, combater a informalidade por meio do diálogo. Viemos aqui, na companhia dos auditores fiscais, para falar com os comerciários e comerciantes, a fim de mostrar que a formalização só traz benefícios tanto para o trabalhador quanto para os empresários. Faço um alerta aos comerciários: seus patrões têm 48 horas para registrá-los. Isso está na Lei. Queremos trabalho formal, como determina a CLT”, disse o vice-presidente do Sindicato dos Comerciários, José Gonzaga da Cruz.

Na ocasião, auditores do Ministério do Trabalho estiveram presentes para fiscalizar as lojas da região.  “Queremos que os comerciários tenham uma vida digna, eles não podem ser explorados. Queremos trabalhos dignos e não trabalho precário e escravo. Esse é o papel da Superintendência: fiscalizar e fazer valer os direitos dos trabalhadores. Não formalizar é crime contra a economia e contra o trabalhador”, disse o Superintendente Regional do Trabalho, Luiz Antonio Medeiros.
 
Josimar Andrade, diretor do Sindicato, aproveitou para lembrar que já começou a Campanha Salarial 2014/2015 e convidou os comerciários a trazerem suas reinvindicações na Assembleia que acontece na próxima segunda-feira (12/05), às 19h, em frente à sede da Entidade Sindical (Rua Formosa, 99). "Quem não tem registro não tem cidadania, não é tratado como ser humano, e sim como uma máquina. Nossa meta é acabar de vez com a informalidade, por meio da orientação aos trabalhadores sobre seus direitos. Também estamos em Campanha Salarial e queremos incluir uma cláusula nas convenções que garanta a formalização", disse Josimar.
 
Os sindicatos de comerciários das cidades de Avaré, Americana, Mogi, Jundiaí, Itapira e Cotia, além do Sindicato dos Padeiros e o de Condutores e Cargas Próprias, apoiaram a ação.

Fonte: Imprensa Comerciários