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Presidente da UGT participa de debate sobre sindicalismo promovido pela Folha de S. Paulo


01/05/2014

 

Na véspera do Dia do Trabalho, Ricardo Patah, presidente da UGT (União Geral dos Trabalhadores) e do Sindicato dos Comerciários de São Paulo, participou de um debate sobre o sindicalismo no Brasil realizado pela Folha de S. Paulo, em parceria com a Central Sindical, no auditório do jornal.

 

Mediado pelo secretário de redação da Folha, Vinícius Mota, o evento contou também com a participação do deputado Paulo Pereira da Silva, do coordenador de estudos sindicais e economia da Unicamp, Anselmo Luis dos Santos, e do professor de economia da USP José Pastore.

 

Segundo Patah, o objetivo dessa ação é iniciar um debate sobre a estrutura sindical, sobre o direito do trabalho e os trabalhadores. "Muitas vezes, é deturpada a compreensão da importância do movimento sindical e das centrais. No entanto, esse movimento esteve presente nas situações mais complexas passadas pelo Brasil. O movimento sindical foi, por exemplo, um dos principais atores na redemocratização do País na época da ditadura. Também foi muito importante na pressão pelo fim da inflação, quando esta chegou a mais de 84%. A estutura sindical foi fundamental, ainda, para a constituição cidadã, que possui muitos artigos próximos da classe trabalhadora. O movimento sindical conquistou diversas questões que hoje estão dentro do ordenamento jurídico, como a licença-maternidade, o décimo terceiro, entre outras. Sem falar na regulamentação da profissão do comerciário", disse o sindicalista.

 

Para a UGT, um dos instrumentos mais poderosos de distribuição de renda é o salário mínimo e a política hoje utilizada foi construída pelos trabalhadores das centrais sindicais. "A atividade que as centrais desenvolvem no sentido de valorização tanto da política do salário mínimo quanto dos pisos salariais regionais visam possibilitar uma melhor distribuição da nossa riqueza", disse Patah.

 

"Entre 2008 e 2009, as centrais sindicais também foram essenciais para que o Brasil saísse da crise mais rapidamente, uma vez que nós exigimos as contrapartidas e conseguimos manter empregos e fazer com que os créditos dos bancos maiores fossem para os pequenos. Atualmente, estamos vivenciando uma desindustrialização e nossa economia foi alterada. Hoje temos comércio e serviço representado mais de 65% do PIB brasileiro e uma massa de trabalhadores beirando os 70% nessa área. Ao mesmo tempo, é aí que encontramos adversidades como rotatividade, precariedade e informalidade. Há um longo caminho a ser percorrido pelo movimento sindical", falou o presidente da UGT.

 

"A nossa estrutura sindical tem pilares importantíssimos que precisam, sim, ser aprimorados, mas quem deve aprimorar somos nós. Não podemos passar a tutela para o Ministério Público, para a Justiça do Trabalho, a imprensa nem para os empresários. Nenhum desses setores conhece as reais necessidades da classe trabalhadora", complementou.

 

Patah frisou que "o índice de sindicalização no Brasil beira 20%. No mundo, esse número é de 7%. É fundamental destacar que o movimento sindical está maduro e preparado para debater nossa estrutura e o direito do trabalho, mas também para fazer frente a qualquer iniciativa que queira diminuir a capacidade do movimento sindical brasileiro, que é forte e legítimo".

 

Na ocasião, foram abordados também temas como a modernização do sindicalismo, a diminuição do PIB em contrapartida à baixa taxa de desemprego, o fim do fator previdenciário, a contribuição sindical, entre outros. Em relação a esse último item, Patah exemplificou sua utilização com uma ação do Sindicato dos Comerciários de São Paulo, que, só em 2013, realizou 203 mil atendimentos médicos. "O movimento sindical, mais do que aumento salarial e benefícios, busca alternativas para influir nas políticas públicas a favor da saúde, da educação, da segurança do cidadão. Precisamos dos trabalhadores conosco porque, juntos, somos mais fortes", finalizou Ricardo Patah.

 


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