30/04/2014
A União Geral dos Trabalhadores (UGT) realizou, na manhã desta quarta-feira (30), em São Paulo, a 20º Reunião Plenária da Executiva Nacional da Central. O evento, que reuniu dirigentes sindicais de diversos estados brasileiros e representantes de 70 secretarias da entidade, foi fundamental para se debater a representatividade ugetista frente aos desafios encontrados atualmente no mercado de trabalho e no cenário sindical do País.
O evento deu continuidade as atividades da central em comemoração ao Dia do Trabalhador, 1º de Maio, para discutir e debater os rumos do movimento sindical e a luta da classe trabalhadora organizada por melhorias nas condições de trabalho e de vida da população.
Na abertura da plenária, o presidente da UGT, Ricardo Patah fez um balanço das atividades que a central realizou em 2014 e enfatizou que a entidade está ampliando suas ações em prol de avanços sociais e trabalhistas.
Patah lembrou também que nas eleições deste ano é fundamental para a luta da classe trabalhadora e para o fortalecimento da democracia brasileira, que cada vez mais pessoas comprometidas com a população sejam eleitas.
A reunião contou com a participação de Bob King, presidente da United Auto Workers (UAW), central sindical norte americana que representa, entre outras categorias, profissionais do setor automotivo. King ressaltou que o sindicalismo brasileiro está fazendo uma campanha muito intensa e importante em apoio aos trabalhadores e trabalhadoras da Nissan, do Mississipi, nos Estados Unidos, e informou que graças as ações da UGT, que vem realizando manifestação em frente a lojas e fábricas da montadora em diversos estados, alguns trabalhadores que haviam sido demitidos foram recontratados.
Em seu discurso, Bob enfatizou que um dos mais difíceis desafios da UAW é em relação a reconstrução do poder sindical nos Estados Unidos. Isso acontecerá de duas formas: com sindicalização e a solidariedade internacional. "O patronato diariamente tenta buscar formas para retirar os direitos que conquistemos ao longo dos anos, por isso precisamos ficar atentos, pois se depender deles, com certeza o piso salarial de todos podem ser puxados para baixo," explica o sindicalista.
Bob falou também que apesar dos avanços que foram conquistados para a classe trabalhadora americana, as entidades sindicais pecaram no excesso de confiança e isso deu a oportunidade para os representantes do capital lançarem uma frente de combate contra a organização trabalhista e ressaltou que o sindicalismo brasileiro é muito forte, mas não pode cometer os mesmos erros que foram cometidos pelas entidades norte americanas.
A secretária para Assuntos de Acessibilidade, Silvana Mesquita da Silva, parabenizou a UGT por conta de suas ações em prol das pessoas com deficiência e mobilidade reduzida, pois durante a realização do inédito Seminário Internacional: Sindicalismo contemporâneo, feito em comemoração ao Dia do Trabalhador, a central abriu espaço para a comercialização de obras de arte produzidas por artistas plásticos deficientes físicos que pintam com a boca ou com os pés. "Essas são pessoas que não tem oportunidade por parte da sociedade e a UGT, novamente, mostrou que é possível apoiar," conclui a dirigente.
Por Fábio Ramalho - imprensa UGT / Fotos: FH Mendes
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