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Ditadura Militar: lembrar para nunca mais voltar a acontecer


25/04/2014

Em uma ação unitária promovida pela União Geral dos Trabalhadores (UGT), Centro de Memória Sindical e Força Sindical, os 50 anos do golpe militar de 1964 foram lembrados, relembrados e debatidos durante o evento "Ditadura Nunca Mais", realizado nesta sexta - feira (25), na Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo.

 

Representando a UGT, Washington dos Santos Maradona, diretor da Associação dos Operadores do Estado de São Paulo (AOESP), ressaltou que este é um importante momento de reflexão sobre o que foi o golpe e de que forma os crimes praticados pelas forças armadas interferiram na sociedade brasileira. "A ditadura foi um período ruim para o país, mas forçou um amadurecimento precoce de todos os movimentos brasileiros, pois os trabalhadores, estudantes, líderes comunitários, entre outros,

foram para as ruas lutar pela retomada da democracia do país e por liberdade."

 

Participaram do evento, diversas pessoas que viveram plenamente este período ditatorial, entre eles Vital Nolasco, Walter Barelli, Nair Goulart, Valdir Vicente e Domingos Fernandes, respectivamente, secretário de Políticas Públicas e Assessor Político da UGT, entre outros.

 

Segundo Valdir Vicente, a ditadura foi terrível, mas eram todos jovens e mesmo com todas as prisões e torturas eles continuaram lutando."Foi um período em que existia unidade, pois era comum nós trabalhadores fazermos ações conjuntas com os estudantes para a realização das marchas de 1º de Maio."

 

"Hoje os tempos são outros, mas se não tivesse acontecido o golpe, o Brasil poderia ser muito melhor, pois este foi um crime que teve como foco principal a classe trabalhadora e o próprio País," diz Domingos Fernandes.

 

O evento contou com a grata presença de um grupo de estudantes da ETEC professor Camargo Aranha. Jovens interessados em conhecer os fatos que não estão escritos nos livros de história.

 

Esta é uma ação importante, uma vez que a presença desses alunos não aconteceu por uma exigência do curso. A atividade não fazia parte da grade curricular, mesmo assim eles disponibilizaram uma manhã inteira para participar desta importante reflexão sobre os 50 anos que marcam o dia em que foi interrompida a democracia brasileira que estava em curso desde a Constituição de 1946.

 

"Nosso governo tende a deixar a população burra, vai de você aceitar essa condição ou não e isso faz com que os estudantes fiquem trancados em salas de aula achando que é só aquilo que eles precisam, mas não é bem assim." ressalta a estudante Milena Campana, que esteve presente ao evento..

 

Por Fábio Ramalho - imprensa UGT


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