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Ruas de São Paulo ficam tomadas pelas cores das centrais sindicais em prol do trabalhador


09/04/2014

Nesta quarta-feira, 09/04, cerca de 50 mil pessoas percorreram as ruas da capital paulista durante a 8ª Marcha das Centrais. O percurso - que teve início às 10h da manhã na Praça da Sé, subiu a Av. Brigadeiro Luís Antônio, com encerramento às 13h30 no vão livre do Masp, na Av. Paulista -, foi organizado pelas 6 centrais sindicais UGT, CUT, CTB, CGTB, Nova Central e Força em prol da pauta unificada dos trabalhadores.

 

Unidade e organização marcaram a ação das centrais pela luta do trabalhador rumo ao avanço das conquistas da classe trabalhadora no Congresso Nacional. O que se espera é um diálogo e conquista das suas bandeiras de lutas. Nos últimos anos, independente dos governos que passaram pelo País, houve muitos avanços, mas que ainda precisam de reparos.

 

Para Chiquinho Pereira, secretário de Organização e Políticas Sindicais da UGT e presidente do Sindicato dos Padeiros de São Paulo, a marcha foi vitoriosa e cumpriu o papel de colocar os trabalhadores nas ruas, mas que ainda falta muito a conquistar em meio aos avanços democráticos e que o governo fique ao lado dos trabalhadores.

 

“Quero deixar claro ao governo, patrões e sociedade brasileira o que pensa  os trabalhadores brasileiros. Uma marcha como essa tem que ter continuidade! Do ponto de vista das bandeiras de lutas, estão todas elas registradas e elencadas. Estamos na 8ª Marcha e continuo insistindo que quando nos propomos em ir às ruas, nós estamos com toda a disposição de defender de qualquer forma os interesses dos trabalhadores, nem que tenhamos que utilizar uma medida de força, que são as greves. O papel das centrais quando se unem, não é contra o governo, mas a favor dos trabalhadores e que se busque a luta do que efetivamente é nosso. Eu sei que um dia esse País ainda será dos trabalhadores! Viva os trabalhadores brasileiros!”, comemora Chiquinho.

 

Ricardo Patah, presidente nacional da UGT, lembrou a importância da Marcha para, não só lutar pela conquista do fim do fator previdenciário e redução da jornada para 40h semanais, mas na luta pela capacitação, educação e inclusão social. “Uma saudação às mulheres do Brasil, à cor do Brasil, à cor das centrais e dos trabalhadores e trabalhadoras, que estão aqui, reivindicando a cidadania do nosso País. O Brasil está aqui, com a voz nas ruas, mostrando o que queremos de melhor. Nós queremos um Brasil com bons empregos, de inclusão, dos brasileiros e das brasileiras! Viva as centrais sindicais! Viva o Brasil!”

 

E para encerrar, João Felício, presidente da CSI, e todos presidentes das centrais, pediram que cada trabalhador ali presente, levantasse as mãos, em regime de votação, para aprovar o encaminhamento da pauta unificada ao Congresso Nacional. Entre as pautas do trabalhador destacam-se:

 

- Fim do fator previdenciário;
- Redução dos juros e do superávit primário;
- Redução da jornada de trabalho sem redução de salário;
- Não ao PL 4330 da terceirização;
- Igualdade de oportunidades para homens e mulheres;
- 10% do PIB para a Educação;
- 10% do orçamento na União para a Saúde;
- Manutenção da política de valorização do Salário Mínimo;
- Regulamentação da Convenção 151 da OIT;
- Combate à demissão imotivada, com aprovação da Convenção 158 da OIT;
- Valorização das aposentadorias;
- Transporte Público de qualidade; e
- Fim dos leilões do petróleo.

 

 

 

Mariana Veltri – imprensa UGT / Fotos: FH Mendes

 

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