31/03/2014
Os trabalhadores responsáveis pela limpeza urbana de seis das sete cidades da região do ABC em São Paulo (exceto Rio Grande da Serra), decretaram greve a partir desta segunda-feira (31) após rejeitarem na sexta-feira, dia 28, pela segunda vez em assembleia, o reajuste salarial proposto pelo sindicato patronal, de 10%, ante o reivindicado pela categoria, de 15,39%.
Cerca de 300 coletores de lixo participaram de assembleia geral que culminou na decisão, realizada pelo Siemaco-ABC (Sindicato dos Empregados em Empresas de Prestação de Serviços de Asseio e Conservação, Limpeza Urbana e Manutenção de Áreas Verdes Públicas e Privadas), na sede da entidade, em Santo André. A categoria conta com cerca de 3.000 trabalhadores na região.
A greve, no entanto, será parcial, segundo o Siemaco-ABC, já que a entidade patronal obteve liminar junto ao TRT (Tribunal Regional do Trabalho), que obriga a categoria a manter 50% dos funcionários em atividade.
Hoje, a remuneração mínima total (salários mais benefícios) dos coletores totaliza R$ 1.768,53. Já os varredores recebem R$ 1.472,69. O pedido de reajuste foi feito com base na inflação do INPC/IBGE, mais 10% de aumento real.
O presidente do Siemaco-ABC, Roberto Alves da Silva, lamentou que a situação tenha chegado a esse ponto. “O sindicato sempre foi de negociar, mas, infelizmente, por irresponsabilidade dos patrões, não restou alternativa.”
Na terça-feira, começará outra rodada de negociações entre os sindicatos, devendo a greve durar até lá.
Fonte: Diário do Grande ABC
UGT - União Geral dos Trabalhadores