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Arte, sensibilidade e luta marcam início da Conferência de Gênero e Raça da UGT


26/03/2014

Cerca de 150 pessoas, de norte a sul do Brasil, estiveram reunidas na noite desta terça-feira, 25/03, para a abertura da “II Conferência Nacional de Gênero e Raça da UGT”, promovida pela Secretaria da Mulher e Secretaria da Diversidade Humana da União Geral dos Trabalhadores. O evento, que acontecerá até o dia 27/03, no Hotel Terras Altas, em Itapecerica da Serra, em São Paulo, tem como objetivo incorporar a luta de gênero e raça nas diversas secretarias da UGT. A meta é transversalizar os temas e avançar nas bandeiras de luta da classe trabalhadora e da sociedade.

 

Com a proposta de fazer um balanço das conquistas obtidas desde a I Conferência, representantes da classe trabalhadora irão traçar estratégias para a aplicação de políticas afirmativas de gênero e raça, buscando a conscientização de mulheres e homens dirigentes sindicais na luta pelo Fim de Todas as Formas de Violência contra a Mulher; pela Autonomia Econômica, Política e Sindical; e Combater a Discriminação da Mulher Negra no Mundo do Trabalho.


Na mesa de abertura estiveram presentes as coordenadoras Cássia Bufelli, secretária nacional da Mulher e Ana Cristina dos Santos Duarte, secretária nacional da diversidade Humana, ambas da UGT. O secretário adjunto de Relações Internacionais da UGT Wagner José de Souza, Mônica Mata Roma, também secretária adjunta da pasta de Relações Internacionais, o secretário geral da UGT, Canindé Pegado, além de Neuza Tito, secretária adjunta de Políticas do Trabalho e Autonomia Econômica das Mulheres da Presidência da República (SPM) e Maria Cristina Corral, coordenadora de Autonomia Econômica das Mulheres, da Secretaria Municipal de Políticas para as Mulheres da Cidade de SP.

 

Wagner de Souza deu início à palavra representando o presidente nacional da UGT, Ricardo Patah. Lembrou que desde o primeiro dia de existência da UGT, em 2007, a maior bandeira foi lutar pelo Trabalho Decente e a central vem atuando até os dias de hoje. Entre convenções que a UGT participou e aprovou na OIT, como a 189 (domésticas), o secretário ressaltou a Convenção da OEA sobre questão racial e xenofobia. “Temos no Brasil um coração aberto, mas ainda temos o problema de excluir aqueles que chegam.


A nossa sociedade precisa extinguir esta chaga. E quem tem que combater somos nós sindicalistas”. Neuza Tito, que veio representando a ministra de Políticas para as Mulheres, Eleonora Menicucci de Oliveira, mostrou que essa ação da UGT tem papel central de fazer com que as políticas sejam implementadas e fazer valer para
homens e mulheres. “Estamos ora nos movimentos sociais ora no governo ocupando outro papel, mas cabe a nós, homens e mulheres, construir um mundo de igualdade. Ações que demonstram a clareza na luta por igualdade, contra qualquer forma de preconceito”, enfatiza.


Para Mônica Mata Roma, essa II Conferência está dando a conotação do que e o movimento sindical: ator político, não só reivindicatório. “A UGT hoje avança 100 por cento nessa discussão de gênero e raça. Foi com a atuação dela na I Conferência que podemos mostrar que temos um documento, que nos dê uma representatividade”, ressalta ao lembrar da situação ainda das condições subumanas de mulheres da Índia e África, por exemplo. “Vemos o Temos que ser propositivos”, defende.


Segundo Maria Cristina Corral, pesquisa Dieese aponta que 5% dos cargos eletivos são de mulheres e o grande desafio é construir políticas de estado e não só de governo. “Há uma grande perspectiva de crescimento e oportunidade para que tenhamos pessoas envolvidas na política, é preciso levar essa luta e preocupação para todos os espaços. E vamos construir juntos, porque são vocês que estão no chão da fábrica, no comércio, e podem trazer junto para o governo. Assim, ocupar o lugar que é de vocês,” lembra.

 

Na esteira da porcentagem numérica, Canindé Pegado atenta que a mulher vai além de um dado estatístico e demonstra sua força e importância através de seus avanços na história. Da violência contra a mulher à luta pelo direito ao voto, Pegado destacou as primeiras mulheres a ocuparem um cargo político ou que enfrentaram uma sociedade até então sem direitos e suas conquistas. “Eu diria que para a UGT, o que é importante é que somos movidos a desafios. Tudo o que vem, estamos dispostos a enfrentar.


“Dentro de todos esses desafios, talvez a luta maior seja a igualdade de oportunidades e o enfrentamento dessas questões relacionadas à violência, que apesar da legislação existente, ainda vemos e ouvimos denúncias e mais denúncias sobre a questão da discriminação racial, seja no comércio, aonde for. Vamos nos desafiar e encontrar a resposta necessária, e levar para a frente as propostas defendidas nos Congressos da UGT”.

 


A ONU está na construção de um documento, no qual a UGT, quanto movimento sindical está se debruçando para traçar suas políticas nos seus estados e sindicatos filiados, com o destaque para a diversidade. Ana Cristina destaca a PEC dos Afrodescendentes aprovada em dezembro de 2013 pela ONU e que será implementada em janeiro de 2015, assim como a entrega pelo Sepir, nesta terça-feira (25), na Comissão de Constituição e Justiça, o PL das cotas no serviço público. Causa abraçada pelo vice-

presidente da UGT e deputado federal, Roberto Santiago, que conseguiu que fosse aprovada na Câmara.

 

Cássia Bufelli destacou a importância da participação do movimento das mulheres nesses espaços de diálogos sociais e assumir essa bandeira de luta e defender a identidade da UGT. “Vamos transversalizar e unir forças em todas as formas de discriminação, e não só gênero e raça. Como vamos efetivar nossas políticas: o que avançamos, quais espaços conquistar?”, abrange. Para Bufelli, as políticas devem ser construídas olho no olho. “Esse papel de protagonista, de sujeito da nossa história, cabe a nós”, finaliza.


A Conferência tem andamento nesta quarta-feira, quando serão realizadas mesas de atividades.

 

Mariana Veltri - imprensa UGT / Fotos: FH Mendes

 

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