21/03/2014
O presidente do Sigmuc, Luiz Vecchi, levou à assembleia a carta-compromisso da prefeitura. Os prazos não agradaram a categoria
Mais de 800 guardas municipais promoveram uma manifestação pública nesta quinta-feira (20/3), na Praça Tiradentes, em Curitiba (PR). A paralisação foi comandada pelo SIGMUC – Sindicato dos Servidores da Guarda Municipal de Curitiba (filiado à UGT) em repúdio ao descaso da administração pública com os GMs. Ainda na manhã do dia 20, em reunião na Secretaria Municipal de Recursos Humanos, o sindicato recebeu uma carta de intenções assinada pela prefeitura. Essa carta foi apresentada para a assembleia da categoria. Após conhecer o teor da proposta, os guardas municipais decidiram entrar em ‘ estado de assembleia permanente’, com o indicativo de greve a partir do dia 3 de junho.
Segundo Luiz Vecchi, presidente do Sigmuc, a categoria resolveu dar uma resposta à falta de diálogo às reivindicações da guarda municipal durante as negociações com a prefeitura municipal de Curitiba. “Infelizmente, a secretaria de recursos humanos e o próprio prefeito esqueceram de cumprir as promessas de campanha, e quem está pagando o pato são os servidores da guarda municipal”. O dirigente lembrou ainda que dentre as reivindicações estão a criação da academia da guarda, corregedoria, aumento do efetivo (no mínimo o dobro do atual), estatuto da categoria (os guardas municipais são servidores diferenciados), a gratuidade no transporte público sem uso do uniforme, além do fornecimento de infraestrutura adequada nos módulos. “Falta gás de cozinha para as refeições, água potável e até mesmo papel higiênico”, afirmou Vecchi.
Na manhã de quinta-feira (20/03), os dirigentes do sindicato foram chamados para uma reunião com a secretaria de governo municipal, e nessa conversa ficou acordado com a Prefeitura de Curitiba um cronograma de ações, entre eles o encaminhando, até o dia 02 de junho, à Câmara Municipal do projeto de “Criação do Plano de Cargos e Salários da Guarda Municipal de Curitiba”, além de abrir um canal de negociação para as outras reivindicações. “A categoria avaliou como sendo essa a data limite e caso esse compromisso não seja cumprido, entraremos em greve no dia 3 de junho”, adiantou Vecchi.
Presente na manifestação, o presidente da UGT-PARANÁ, Paulo Rossi, prestou solidariedade à categoria. “Em nome de toda a direção nacional e estadual da UGT, quero prestar nosso apoio incondicional às reivindicações justas da guarda municipal de Curitiba. Vocês estão dando um exemplo de que, quando a categoria se une, ninguém consegue derrubar. Contem sempre com a UGT”, disse Rossi, que ao final propôs que o SIGMUC, a UGT e a Fesmepar façam um painel com o nome de todos os 38 vereadores de Curitiba e qual será o voto de cada um em relação aos direitos da guarda municipal. “Esse ano é especial, pois teremos eleições para o executivo e para o legislativo estadual e federal. Muitos desses vereadores serão candidatos a cargos eletivos e vamos ver quem realmente estará ao lado dos trabalhadores”, concluiu Rossi.
Fonte: UGT Paraná
UGT - União Geral dos Trabalhadores