19/03/2014
Os trabalhadores da limpeza pública de Curitiba (PR) estão em greve. A decisão foi tomada em assembleia realizada na manhã desta terça-feira (18/3), na capital paranaense, com aproximadamente 2,5 mil funcionários da empresa Cavo que atuam na limpeza de ruas e espaços públicos. Segundo Manassés Oliveira, presidente do Siemaco - Sindicato dos Trabalhadores em Asseio e Conservação de Curitiba (filiado à UGT), a categoria não aceitou a proposta de 10% de reajuste salarial e correção de 15% no vale-alimentação. Os trabalhadores exigem aumento de 20% nos salários e 30% para o auxílio-alimentação. Manassés disse ainda que apenas a coleta do lixo hospitalar deve ser mantida enquanto durar a greve. "Exceto a coleta do lixo hospitalar, os demais serviços ficarão parados até que a empresa faça uma nova proposta para a categoria", finalizou Manassés.
O presidente da UGT-PARANÁ, Paulo Rossi, participou da assembleia e prestou total apoio da central à decisão soberana dos trabalhadores: “ A União Geral dos Trabalhadores reconhece as legítimas reivindicações dos trabalhadores e presta total apoio ao Siemaco. O poder público tem de mudar essa linha de discurso, dizendo que não vai ter recursos para arcar com os reajustes exigidos. Basta os gestores públicos municipais fecharem as torneiras das mordomias e gastos desnecessários, como bancar dinheiro para estádios da Copa do Mundo, e que haverá, sim, mais recursos para a prefeitura de Curitiba honrar os princípios de cidadania e dignidade com seus prestadores de serviços, e isso se traduz em melhores salários e condições de trabalho”, disse Rossi.
No final da tarde, a Justiça do Trabalho determinou que 40% dos trabalhadores deveriam voltar ao serviço, sob pena de multa diária de R$ 20.000,00 ao Siemaco por descumprimento. Também ficou agendada audiência conciliatória, nesta quarta-feira (19/3), no TRT/PR, visando a conciliação entre as partes envolvidas.
Fonte: UGT Paraná
UGT - União Geral dos Trabalhadores