16/03/2014
Transcorridos 50 anos do chamado Comício da Central, quando, em 1964, o então presidente João Goulart reuniu milhares de pessoas na Central do Brasil para anunciar reformas de base para o país, centrais sindicais, partidos políticos, entidades dos movimentos sociais e estudantis realizaram o ato Lembrar é Resistir para recordar e comemorar a histórica data.
Com as palavras de ordem Pela luta, pela paz, ditadura nunca mais, puxadas pela representante do movimento estudantil, o ato deste 13 de março, na Central do Brasil, seguiu com discursos inflamados contra o racismo, a violência contra jornalistas, a impunidade dos torturadores e, enfim, pelos prejuízos sofridos pelo Brasil pelos 21 anos de ditadura.
Representando o presidente da União Geral dos Trabalhadores do Rio (UGT-RJ), Nilson Duarte Costa, o secretário Jurídico Cláudio Fernandes afirmou que o discurso de João Goulart continua atual, já que a reforma agrária e as reformas de base são questões ainda hoje discutidas.
Democracia não se resume ao direito de votar. Democracia é saúde e educação para todos, transporte público digno e políticos honestos. As centrais sindicais estão atentas para a defesa dos direitos fundamentais. Não aceitamos também qualquer ato contra o direito da livre manifestação, disse ele, conclamando: Ditadura nunca mais.
A manifestação foi marcada, ainda, pelo discurso emocionado de Ney Ortiz Borges, líder do governo Jango que, prestes a completar 90 anos, foi cassado em 1964 pelo governo militar. Lutávamos pelos interesses do nosso povo, para ajudar a classe pobre do nosso país. No dia 10 de abril, veio o golpe militar e fomos excluídos, afirmou ele, concluindo: procurem falar para todos que conhecem que o golpe armado pelos Estados Unidos produziu um desastre no nosso país.
UGT - União Geral dos Trabalhadores