07/03/2014
A garantia do Trabalho Decente é o foco do encontro, que acontece em Foz do Iguaçu no próximo dia 16 de maio
O presidente do Sindicato dos Comerciários de Foz e região (Sinecofi), vereador José Carlos Neves, recebeu na tarde desta quinta-feira (6), líderes sindicais da UGT Nacional (União Geral dos Trabalhadores), Luiz Hamilton de Souza e Avelino Garcia; o representante da UNI América -braço da Uni Sindicato Global* - e presidente da Faecys ( Federação argentina dos empregados no comércio e serviços), Rubens Cortina; sindicalistas da região de Missiones, na Argentina; presidente do Sindicato dos Comerciários de Cascavel (Sindeccascavel), Paulo Roberto Morais; diretores do Sindeto (Sindicatos dos Comerciários de Toledo), Josias Luiz Gonçalves, Flávio Bonifácio Pinto e Rosecler Zorzo, a fim de pontuar a participação do Brasil no Fórum Tripartite que tem como missão a luta por trabalho decente.
O encontro teve como pauta a oficialização do ingresso do Brasil como membro do Fórum Tripartite (Brasil, Argentina e Paraguai) no enfrentamento de problemas comuns aos membros fronteiriços: trabalho escravo, exploração de menores, crescimento do trabalho informal, falta de representatividade legal ao trabalhador, entre outros.
Lançamento em Foz
“Discutimos várias questões pertinentes as demandas dos trabalhadores fronteiriços, uma vez que esse é o pano de fundo de problemas comuns. Mudar esta realidade é um trabalho em equipe. Assim, a formalização do Brasil ao Fórum Tripartite em prol do trabalho decente vai acontecer em Foz do Iguaçu, no próximo dia 16 de maio, no plenário da Câmara dos Vereadores. O lançamento contará com a participação de autoridades do Executivo, Legislativo e Judiciário da região trinacional, assim como lideranças religiosas e entidades do terceiro setor (Ongs) que lutam contra a exploração do trabalhador”, esclarece José Carlos Neves.
Por sua vez, Cortina amplia o leque sobre o trabalho decente: “é a promoção permanente das Normas Internacionais do Trabalho, do emprego, da melhoria das condições de trabalho e da ampliação da proteção social, que são os objetivos estratégicos da OIT – Organização Internacional do Trabalho”.
O Fórum Tripartite se organiza em torno de quatro prioridades: mais e melhor educação; conciliação entre estudos, trabalho e vida familiar; inserção digna e ativa no mundo do trabalho; diálogo social.
Informalidade
Estudos recentes da OIT apontam que o desemprego e a informalidade afetam os jovens na América Latina. O relatório diz que 6 de cada 10 empregos gerados para os jovens são informais (http://www.oit.org/americas)
Os sindicalistas argentinos afirmam que, por exemplo, na Província de Missiones, o setor do comércio ‘abocanha’ 30% de informais.
Em Foz do Iguaçu, apesar de não haver dados oficiais, o Sinecofi afirma que na construção civil cresce a informalidade com a mão de obra de paraguaios, e o setor supermercadista atinge a marca de 10% de informais.
*UNI Sindicato Global, com sede em Nyon, na Suíça, representa mais de 20 milhões de trabalhadores de mais de 900 sindicatos dos setores que mais crescem no mundo - habilidades e serviços. A UNI e as filiais em todas as regiões são movidos pela responsabilidade de garantir empregos decentes e os direitos dos trabalhadores que sejam protegidos, incluindo o direito de aderir a um sindicato e negociação coletiva.
por Rossana Schmitz (Sinecofi)
UGT - União Geral dos Trabalhadores