15/01/2014
As ações orquestradas pelo Ministério Público (MP) para enfraquecer a organização da classe trabalhadora vem conseguindo desestruturar uma das principais instituições do estado da Bahia, o Sindicato dos Trabalhadores no Transporte Rodoviário de Ilheus, entidade filiada a União Geral dos Trabalhadores (UGT).
O problema começou quando a antiga diretoria aprovou uma alteração estatutária em que o MP defende ser irregular e assim não poderia ser aprovada em plenário. Desta forma, juntamente com a Justiça do Trabalho, o MP concedeu uma liminar bloqueando as contas do Sindicado e estipulando o prazo de 45 dias para serem realizadas novas eleições.
A atual diretoria do Sindicato foi notificada da decisão no dia 13 de dezembro, em pleno recesso de final de ano, com isso foi preciso esperar para entrar com recurso contra este ato abusivo que, como consequência imediata, causou um descontrole financeiro nas contas da instituição.
"O que estão fazendo com a entidade é, no meu ver, uma forma de destruir com a categoria. O Sindicato está parando, pois temos sete funcionários, nossa sede não é própria, então temos que pagar aluguel e tínhamos um convênio com a prefeitura para disponibilizar serviços odontológicos, mas isso já esta parado porque não temos dinheiro para comprar materiais", explica Bruno Sena, presidente.
A situação é tão grave que a diretoria do Sindicato decidiu entregar as chaves da instituição para o MP e deixar que a administração da entidade na responsabilidade do Estado. "O dinheiro continua a entrar, mas o sindicato é inoperante. O MP determinou que a nossa diretoria permaneça no cargo, mas não nos dá ferramentas para trabalhar, desta maneira, em assembleia decidimos por entregar as chaves do Sindicato caso essa situação não se resolva até a próxima segunda-feira (20)",Diz Bruno.
UGT - União Geral dos Trabalhadores