Notícias

Centrais sindicais se reuniram com a categoria dos movimentadores de mercadorias, na sede da União Geral dos Trabalhadores (UGT), em SP, para tratar de pontos referentes à Lei 12.023, que trata das atividades de movimentação e as condições dos trabalhadores avulsos da categoria. O encontro aconteceu na manhã de sexta-feira (14).

Após um longo debate, que contou com a presença do vice-presidente da UGT e deputado federal Roberto Santiago (PSD), ficou acordado que as centrais sindicais terão 30 dias para tratar dos pontos de divergências da Lei, para então passar as propostas das centrais e ajustar com a representação dos movimentadores de mercadorias, que terão 60 dias para fechar suas ideias e poder levar as negociações adiante e ajustar o setor no que tange um Plano Nacional e depois partir para os regionais. Já no dia 04 de julho, haverá em Brasília um encontro bipartite, com trabalhadores e governo, na Câmara, onde o Conselho de Relações do Trabalho irá levantar as considerações a partir da reunião de hoje, pautada de encontros anteriores.

Em cima do que tem sido discutido em torno da categoria profissional dos movimentadores de mercadorias, a UGT entende que esta função deverá ficar restrita aos trabalhadores que tem a missão de fazer a movimentação de produtos, bens, mercadorias, dos locais de produção, (estabelecimentos industriais) ao local indicado, ou seja, plataforma de recepção dos estabelecimentos comerciais. A partir daí, todas as outras tarefas são de competência dos comerciários.

Entre convergências e divergências, o debate pôde ser desenvolvido e os pontos acordados. Para Canindé Pegado, secretário-geral da UGT, houve um grande avanço. “Agora estamos indo para o campo de negociação. Temos agora uma mesa de objetiva e cristalina: tanto para os movimentadores como para as centrais sindicais. Agora vamos ao próximo passo, que será dialogar com o governo. Essa é a hora dos movimentadores levantar suas discussões”, declara.

Roberto Santiago registrou com alegria uma reunião como essa buscar o entendimento. “Este com certeza vai ser o melhor caminho. É através de diálogo com os sindicatos representantes dos movimentadores que vamos criar a força de poder dar um encaminhamento à proposta e chegar num acordo. Não podemos perder a característica que é cuidar do trabalhador.”

José Gonzaga da Cruz, vice-presidente do Sindicato dos Comerciários também saiu satisfeito: “fico feliz, com tantos companheiros, conseguimos conversar de forma ordeira, civilizada, para poder encontrar uma solução”.

Após as lições de casa que foram passadas para centrais e representantes dos movimentadores, haverá novo encontro, agendado para o final de agosto, quando é esperado um acordo para solução e novo encaminhamento ao Conselho de Relações do Trabalho, para dar então, a palavra final.