11/12/2013
O Sindicato dos Trabalhadores em Indústrias Urbanitárias de Santos, Baixada Santista, Litoral Sul e Vale do Paraíba (Sintius), filiado a União Geral dos Trabalhadores (UGT), está realizando inúmeras ações para exigir o aumento da segurança para os trabalhadores e trabalhadoras da Companhia Paulista de Força e Luz (CPFL), principalmente depois que a concessionária de energia registrou mais um acidente de trabalho este ano, ocorrido em 17 de outubro.
A luta diária e incessante que o Sintius trava para que as empresas urbanitárias aumentem a segurança para os trabalhadores e trabalhadoras do setor, está cada vez mais intensificada, pois as pessoas apontadas como supostos responsáveis por este incidente, na CPFL, foram demitidos. Assim, a empresa tira de suas costas a responsabilidade pelo ocorrido e, diretamente, transfere para a classe trabalhadora, que é o lado mais fraco.
Recentemente, o sindicato encaminhou um ofício à direção da CPFL informando sobre uma série de fatores que ocorrem na empresa e que propiciam uma sobrecarga física e emocional para seus funcionários, o que potencializa o risco de falhas humanas.
Mesmo assim, a empresa ao invés de tentar resolver seus problemas internos para ampliar a segurança laboral, reforçou sua postura autoritária de que irá promover novas demissões caso os trabalhadores cometam falhas. Para o sindicato isso aumenta o estresse da categoria e potencializa o risco de acidentes, que nesse ramo de atividade pode ser fatal para as vítimas.
O acidente que ocorreu, justamente, na data em que se comemora o Dia do Eletricista mostra uma falha grave, principalmente porque no caso houve falha de comunicação.
Sindicato e UGT lutam para reverter demissões “Essa situação não é culpa exclusiva de um empregado que, por algum motivo, tenha cometido uma falha, para nós, do sindicato, é preciso fazer um contraponto e levar em conta todos os outros fatores que contribuíram para esse acidente”, explica Jorge Alberto Arrivabene, secretário de comunicação do Sintius.
Neste incidente de outubro, houve um erro que aconteceu entre o Centro de Operações (CO) da empresa, que fica em Sorocaba e a equipe da baixada santista, o que causou queimaduras de segundo grau num terceiro funcionário, que está fora de perigo.
O presidente do Sintius, Marquito Duarte, para reforçar a ação do sindicato visando reverter às demissões, entrou em contato com o presidente da CPFL, Luiz Henrique Ferreira Pinto, que reiterou a intenção de a empresa não aceitar falhas humanas.
Exigindo um maior compromisso da empresa com a segurança dos seus trabalhadores, Ricardo Patah, presidente nacional da UGT, encaminhou um ofício ao presidente do grupo CPFL fortalecendo a postura do sindicato que, solicitando que sejam revistas as demissões, exige que a empresa amplie ações que promovam maior segurança para os trabalhadores e trabalhadoras da empresa.
Protesto
Na manhã desta segunda-feira (09), o Sintius promoveu uma manifestação na porta da Estação Avançada da CPFL Piratininga, em Santos. Seu objetivo foi alertar a sociedade em relação aos constantes acidentes que trabalho que ocorrem na empresa.
Para piorar a situação, a concessionária de energia não admite que é preciso melhorar o planejamento de suas ações na Baixada Santista e decidiu demitir os trabalhadores que se envolveram no acidente de outubro.
Marquito afirma que a CPFL quer tapar o sol com a peneira e ressalta o comodismo da direção da empresa diante dessa situação.
Desta maneira, o sindicato decidiu realizar uma assembleia, na sua sede, nesta quinta-feira (12), para a deliberação de greve por tempo indeterminado em função da insegurança do trabalho e para a reintegração dos funcionários demitidos.
Por Fábio Ramalho – Imprensa UGT / com informações do site http://www.sintius.org.br
UGT - União Geral dos Trabalhadores