06/12/2013
Representando a terceira maior central sindical brasileira, o Dr. Francisco Cláudio de Melo Souza, do Comitê de Sustentabilidade da União Geral dos Trabalhadores (UGT), participou da 19ª Conferência das Partes da Convenção-Quatro das Nações Unidas. Popularmente conhecida como COP, a Conferência discute temas acerca das Mudanças Climáticas. A COP 2013 foi em Varsóvia, na Polônia, e contou com a participação da UGT entre os dias 14 e 23 de novembro.
Com objetivo de discutir um novo acordo internacional para temas associados à mitigação, financiamento e adaptação às mudanças climáticas, participaram representantes de mais de 190.
Porém, a Conferência foi marcada pelo fracasso das negociações dos governos membro e destes com os representantes sindicais. Dr. Francisco Cláudio explica que a falta de avanço nas negociações e o interesse dos países de primeiro mundo, sobretudo os europeus, em apontar com maior ênfase a COP da França, que ocorrerá em 2015, dando pouca abertura para discutir a próxima, de 2014, no Peru, causou muita estranheza à delegação Latino Americana. E ele questionou: “é porque somos da América Latina, isto nos torna menos importante nas discussões e nos debates?”.
Dr. Francisco Cláudio contou, ainda, ao portal da UGT que, é importante que os países do terceiro mundo e os emergentes se mobilizem em conjunto para exigir que os países desenvolvidos se comprometam com a redução da taxa de poluentes, caso contrário, a temperatura do planeta continuará subindo e os maiores prejudicados serão os mais pobres.
Por conta de todas estas dificuldades, a delegação da América Latina decidiu fazer três reuniões preparatórias para a COP do Peru. Ainda sem datas definidas, este grupo deve se encontrar no próximo ano, provavelmente na Venezuela, para preparar um documento em conjunto sobre o posicionamento dos países da América Latina para as questões ambientais.
Para o Dr. Francisco Cláudio estas dificuldades enfrentadas na COP de Varsóvia possibilitou uma participação ainda maior da UGT nas questões relativas à COP e, ainda, permitirá o acesso dos jovens na participação de todo processo organizacional da COP do Peru. Pois, segundo ele, isto possibilitará a construção de novas diretrizes e ações para a próxima Conferência.
Por Giselle Corrêa, da redação da UGT.
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