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Com a presença de sindicalistas de vários países da Europa e América do Sul, o presidente nacional da União Geral dos Trabalhadores (UGT), Ricardo Patah, realizou uma palestra na manhã desta sexta-feira (29), no Congresso da Union Sindical Obrera (USO), que vem sendo realizado na Espanha.

Patah falou das ações da UGT no Brasil, como maior central sindical na área de comércio e serviços, lembrando que a UGT, com uma representação de mais de 8 milhões de trabalhadores, 3 milhões são representantes do setor do comércio, atividade que mais cresce no País. O presidente da UGT destacou que o ano de 2013 foi muito importante para os trabalhadores do comércio. Isso porque a UGT liderou ações junto ao Parlamento brasileiro que resultaram num projeto de lei regulamentando a profissão do comerciário. A lei, sancionada pela presidenta Dilma Rousseff, beneficiou 12 milhões de trabalhadores no País.

Ricardo Patah também demonstrou muita preocupação com a crise que afeta a Europa, principalmente a Espanha, cujo índice de desemprego é um dos maiores da história. O sindicalista destacou que isso é resultado da má gestão dos governantes e quem acaba pagando a conta é a classe trabalhadora. "No Brasil vivemos o pleno emprego, em compensação a rotatividade da mão de obra tem atingido índices inaceitáveis para os trabalhadores, o que faz com que o pagamento do seguro desemprego seja maior do que o investimento na qualificação profissional. Algo está errado”, sentenciou o sindicalista. Reafirmando que suspeita de manobras do empregador para retirar direitos dos trabalhadores.

O presidente da UGT disse que um dos grandes desafios do Brasil é o combate à inflação. "Ela é danosa e cruel com os trabalhadores. O governo tem mecanismo para um combate de frente contra a escalada inflacionária, mas opta pelo caminho mais curto, que é aumentar as taxa de juros para conter o consumo. Lá na frente isso vai trazer sérios prejuízos à classe trabalhadora, pois a conta é simples; menos consumo, menos produção, igual a redução de postos de trabalho'.  Contra as altas taxas de juro a UGT está nas ruas denunciando que essa fórmula só beneficia o capital especulativo”.