Notícias

Nesse dia 31 de outubro a Federação dos Policiais Federais, e os sindicatos estaduais de policiais federais, promovem em todo Brasil um dia nacional de paralisação. “Estamos cruzando os braços indignados com o descaso do governo pela nossa categoria”, diz o presidente do SINPEF-PR (Sindicato dos Policiais Federais do Paraná), Fernando Vicentine.
 
Ele lembra que as negociações salariais e os investimentos na infra-estrutura da PF pouco avançaram nos últimos meses. “Temos delegacias sucateadas, com pouco efetivo policial, trabalhando em condições precárias diariamente e com salários indignos para quem coloca em risco a própria vida no cumprimento do dever”, desabafa Vicentine.
 
A paralisação desse dia 31 tem uma extensa lista de reivindicações entre elas: melhores instalações de fronteira no combate ao crime; reestruturação do Departamento de Polícia Federal; polícia contemporânea e eficiente; aumento do número de efetivo policial; amparo psicológico; plano de carreira; valorização dos escrivães, papiloscopistas e agentes; fim das perseguições e do assédio moral; plano de incentivo para o fim da evasão dos policiais federais; gestão de recursos humanos modernos; meritocracia e valorização da experiência e do conhecimento.
 
O presidente do SINPEF/PR vem denunciando o abandono das delegacias da policia federal em todo estado. “O que vemos todos os dias é uma vergonha. Equipamentos caríssimos, como a lancha blindada em Foz do Iguaçu e o barco  Saturno, em Paranaguá, parados por falta de combustível e de tripulação. Ficamos indignados por sabermos que o narcotráfico e o contrabando de armas vem se utilizando da fragilizada estrutura aeroportuária brasileira, enquanto o governo federal fecha os olhos para as necessidades da Polícia Federal. Por isso estamos mais uma vez paralisando nosso trabalho, alertando assim a população para os perigos que todos nós brasileiros estamos vivendo”, diz Vicentine.
 
No Paraná, além da paralisação haverá manifestações de rua nas cidades onde há delegacia da PF, e em Curitiba, na frente da Superintendência da PF.