26/10/2013
Na luta sem fronteiras pela ampliação dos direitos de trabalhadores e trabalhadoras da fábrica da Nissan norte americana, da cidade de Mississipi, a União Geral dos Trabalhadores (UGT) promoveu, nesta sexta-feira (25) uma grande manifestação em frente a Eurovia Nissan Salvador.
O ato reuniu diversos militantes da UGT Bahia e contou com o apoio das lideranças ugetistas, de diversos estados do País, que estiveram participando do 2° Encontro das UGT’S Estaduais norte e nordeste.
Segundo Ricardo Patah, presidente da UGT nacional a manifestação demonstra que a central esta sintonizada com os problemas que estão sendo denunciados pelos funcionários da Nissan norte americana e que a expectativa é de realizar outros atos em diversos estados da federação. “Hoje temos aqui a participação de presidentes das UGT’s de todo o País para mostrar o quanto a central está atenta ao que está acontecendo na multinacional,” diz o líder ugetista que conclui: “Mas esta não é apenas uma luta em solidariedade aos trabalhadores e trabalhadoras norte americanos, mas sim é uma ação que visa pressionar a montadora e dizer que aqui no Brasil não tem espaço para esse desrespeito que eles estão praticando no estado do Mississipi”.
A Nissan, nos Estados Unidos, vem promovendo práticas antissindicais para que sua fábrica, no estado do Mississipi, não tenha a presença de uma entidade sindical, com isso, os trabalhadores da montadora sofrem com todos os tipos de desrespeito para com a classe trabalhadora, pois cerca de 40% dos funcionários da fábrica são temporários e recebem menos de 50% do que ganha um profissional efetivo, além de serem comuns os relatos de trabalhadores e trabalhadoras que precisam exercer suas funções usando fralda geriátrica, que é para não interromper a produção.
“Com este mundo globalizado precisamos nos sensibilizar, pois onde tem problemas e podemos ajudar, nós temos que estar lá, pois quem garante que o que está acontecendo nos Estados Unidos não acontecerá aqui,” diz Patah.
O líder ugetista lembrou que no estado da Bahia, também há um desrespeito muito grande em relação a classe trabalhadora, pois é um local onde existe uma forte discriminação enraizada na sociedade, pois cerca de 75% da população baiana é composta por afrodescendentes que não conseguem emprego. “Não adianta falar que a Bahia é linda e que o povo é maravilhoso, é preciso respeitar e lutar para diminuir essa pobreza e essa desigualdade que aqui existe,” conclui o presidente ugetista.
Por Fábio Ramalho - UGT
UGT - União Geral dos Trabalhadores